“Beber faz mal à sua saúde e à sua família” dizia uma campanha do Ministério da Saúde na década de 1990.
Nesta semana, um estudo da universidade de Buffalo desdisse um pouco a parte da família: descobriram que o alcoolismo não necessariamente leva ao divórcio, ainda que certamente leve à ressaca.
Cientistas seguiram a trajetória de 634 casais, do dia de seu casamento até nove anos após.
Metade dos casais em que um cônjuge bebia mais de seis drinques por dia, e o outro não bebia nada, se separou.
Marido e mulher que compartilhavam o gosto pelo copo, tomando ambos seis ou mais doses diárias, só se separaram em 30% dos casos, número idêntico ao fim do matrimônio em casais em que ninguém bebia.
“Os resultados indicam que é a diferença entre os hábitos de bebida, e não a bebedeira em si, que leva à insatisfação e ao divórcio”, disse o pesquisador Kenneth Leonard, que estuda vícios.
O psicólogo esclarece que o estudo não é para incentivar ninguém a achar o amor no fundo de um copo de cerveja. “Esses dados servirão para terapeutas de casais e também para médicos nortearem seu trabalho no tratamento e desintoxicação.”
Fonte: Folha de S.Paulo
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