Vivendo boa fase no Santos, o atacante Thiago Ribeiro é uma das armas do técnico Oswaldo de Oliveira para o clássico contra o São Paulo, neste domingo, às 16h, no Morumbi, pela décima rodada do Campeonato Paulista. Ex-jogador do Tricolor, o santista reencontra Muricy Ramalho, com quem teve relacionamento bastante conturbado.
Quando Muricy assumiu o comando do São Paulo para sua segunda passagem pelo clube como técnico, em 2006, Thiago Ribeiro despontava. Tinha apenas 20 anos e vinha jogando muito bem. Começou o ano como titular, jogando ao lado de Alex Dias. Muricy começava a remontar o ataque da equipe que havia sido campeã mundial no ano anterior: Grafite e Amoroso haviam saído.
Thiago era aposta certa. Tinha juventude, vitalidade e técnica. Mas não caiu nas graças do técnico. Era recluso, calado. Muricy reclamava publicamente que o então garoto ficava tempo demais na internet. O treinador também não gostava da atitude do atleta nos treinos – considerava Thiago muito desligado.
As broncas de Muricy no jogador durante as atividades no CT da Barra Funda ficaram famosas. Chegavam a incomodar até mesmo os outros jogadores.
– O que o Muricy fazia com Thiago era um absurdo – comenta hoje em dia um titular daquela equipe.
Thiago começou a Libertadores de 2006 como titular, mas acabou perdendo a posição. O relacionamento entre os dois durou até o início de 2007, quando Thiago foi vendido para o Al Rayyan, do Qatar, por US$ 7,5 milhões.
Tempos depois, Muricy comentou as broncas que dava no jogador. Ele garantiu que não se tratava de algo pessoal. Pegava no pé do atacante porque via potencial nele.
– Eu falava tanto com ele que foi vendido por mais de US$ 7 milhões. Quando você cobra o jogador não é para pegar no pé, mas para melhorar o atleta.
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