quinta-feira, 07/11/2024
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Caos pode se repetir no feriado, dizem controladores

O presidente da Associação dos Controladores de Tráfego Aéreo do Rio de Janeiro, Jorge Nunes de Oliveira, que representa os controladores militares, afirmou que o caos vivido nos aeroportos do País no feriado de Finados poderá se repetir no feriado de amanhã e até no fim do ano.

A categoria pretende seguir às riscas as normas de segurança para obrigar o governo a agilizar uma solução sobre os seus direitos.

“Essa situação é algo sem precedente. Estamos trabalhando com o que temos e o que podemos trabalhar. Não há mágica: vamos ter estas alterações por muito tempo ainda”, disse ele, de acordo com o jornal O Globo.

De acordo com alguns controladores de vôo ouvidos pelo jornal, os atrasos registrados no início desta semana não se tratam de uma nova operação padrão e sim de uma mudança no comportamento sem prazo determinado para terminar. Ontem, 42,3% dos 1.487 vôos programados no País até as 19h atrasaram. Houve pelo menos 13 vôos cancelados.

Ontem, o ministro da Defesa Waldir Pires disse desconhecer uma nova operação padrão. Porém, os controladores reafirmaram que não irão ultrapassar, em nenhuma hipótese, o limite de controle de 14 vôos ao mesmo tempo.

Faltam profissionais
O número de profissionais trabalhando nas torres de controle tem diminuído devido ao grande número de controladores que solicitaram atestados médicos para justificar ausências. Eventuais folgas acumuladas também estão sendo tiradas – à medida que as escalas permitem, sem hesitação.

Pelo menos 10 controladores de vôo do Cindacta 1 (Brasília), principal centro de controle do País, estão afastados depois de apresentarem atestados médicos. Outros oito foram afastados após o acidente da Gol, em setembro.

Para suprir essas baixas, foram chamados profissionais aposentados. Porém, há pouca chance de os controladores aposentados recontratados operarem até o final do ano. Por estarem parados, eles estão passando por um processo de requalificação que pode durar de 15 dias a três meses.

“Os controladores agora estão trabalhando no rigor da lei. O clima está horrível, estamos sendo pressionados o tempo inteiro para assumir mais vôos. Só que ninguém mais vai pôr a segurança de vôo em risco e estar sujeito a sofrer um processo depois”, disse um controlador a O Globo.

Segundo os controladores, profissionais mais experientes tinham de monitorar até 22 vôos ao mesmo tempo. Entre as reivindicações dos controladores estão a desmilitarização da função, reajuste salarial, contratação de mais profissionais e redução da carga horária.

Por se tratar de uma carreira militar, sujeita a punições rigorosas,os controladores estão evitando dar declarações sobre o assunto. Há um sentimento de revanche em relação ao tratamento sofrido o auge da crise, no feriado de Finados. Alguns deles foram detidos pelos seus superiores e impedidos de deixar o centro de controle.

Redação Terra

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Parmenas Alt
Parmenas Alt
A estrada é longa e o tempo é curto. Não deixe de fazer nada que queira, mas tenha responsabilidade e maturidade para arcar com as consequências destas ações.
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