Jim Yong Kim, indicado pelos Estados Unidos para presidir o Banco Mundial (BM), viajará nesta terça-feira e até o dia 9 de abril por África, Ásia e América Latina, incluindo o Brasil, para escutar opiniões sobre o futuro da instituição.
O Departamento de Tesouro dos EUA anunciou hoje a viagem, que passará por Etiópia, China, Japão, Coreia do Sul, Índia, Brasil e México com a intenção que Kim se reúna com chefes de Estado, ministros de Economia e outros membros da sociedade civil para escutar propostas sobre o futuro do BM.
Segundo o comunicado do Tesouro, Kim pretende com esta viagem pelas três regiões que mais recebem ajuda do BM recopilar ideias e pontos de vista sobre como o banco de desenvolvimento multilateral pode melhorar a promoção do crescimento, combater a pobreza e criar empregos.
Além disso, a viagem será uma oportunidade para que Kim consiga os apoios necessários para vencer os outros dois candidatos ao cargo: o ex-ministro de Finanças colombiano José Antonio Ocampo e a ministra nigeriana Ngozi Okonjo-Iweala.
O Diretório Executivo do BM deve selecionar o sucessor de Robert Zoellick, presidente em fim de mandato, nos encontros do organismo programados para os dias 20, 21 e 22 de abril.
Kim, doutor em medicina e antropólogo de formação, de origem sul-coreana, mas naturalizado americano, presidia desde 2009 o Darmouth College, uma das universidades mais prestigiadas da costa leste dos EUA, e é conhecido por suas conquistas na luta contra a Aids no mundo.
O indicado a Casa Branca, o que mais possibilidades tem de proclamar-se novo presidente do BM, deverá enfrentar candidaturas dos países emergentes, que cada vez mais pressionam para que se ponha um fim no "pacto de cavalheiros" pelo qual um americano preside este banco e um europeu o Fundo Monetário Internacional (FMI).
UOL INT