quinta-feira, 21/11/2024
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Candidato a vereador não cumpre sequer promessa de pagar salários em dia

Todos os dias sai algo na imprensa sobre trabalho escravo e a sociedade se choca. Geralmente as ocorrências são na área rural. Todavia, isso tem ocorrido no âmbito urbano com o não pagamento de salários por parte do jornal Folha do Estado, dirigido por um novo grupo empresarial, do qual faz parte o atual candidato a vereador pelo PHS, Beto Dois a Um.

Isso quer dizer que, além do trabalho estressante em busca da verdade dos fatos para a sociedade, muitas vezes sem condições dignas de trabalho, os jornalistas do jornal Folha do Estado ainda são obrigados a conviver com constantes atrasos salariais e sofrer humilhações de cobrança por parte de credores.

Beto Dois a Um prometeu, na ocasião da greve dos funcionários, há cerca de quatro meses, que iria ajustar os pagamentos em dia o quanto antes. Houve também um acordo com o Ministério Público do Trabalho (MPT) para que isso fosse realmente cumprido. Contudo, isso nunca ocorreu. Sendo assim, após novas denúncias, o MPT se reúne novamente na tarde dehoje (28), às 15h, em sua sede, com representantes do jornal e do Sindicato dos Jornalistas de Mato Grosso (Sindjor/MT) a fim de conseguir o pagamento imediato dos trabalhadores.

Vale lembrar que a empresa já tinha assinado um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) para a regularização, mas, com a desobediência, o MPT expediu mandado de cumprimento no prazo de 20 dias, sob pena de pagamento de multa diária de um salário mínimo. De acordo com o site do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), a Folha do Estado recebeu o documento no dia 10 de agosto assinado pela juíza Mara Aparecida de Oliveira Oribe.

A empresa, que ironicamente ocupa o segundo lugar no ranking dos impressos de maior influência no estado, possui um longo histórico de atraso salarial. Após a ocupação de uma nova administração, encabeçada no trimestre passado pelos integrantes da dupla sertaneja Dois a Um, o pagamento deixou de atrasar por longo período, mas há a prática de atrasar três semanas, em atitude naturalizada pelos empregadores.

No entanto, jornalistas exigem que a CLT e a cláusula do Acordo Coletivo deste ano pela Folha junto ao Sindjor, que determinam o pagamento no quinto dia útil do mês subsequente, sejam cumpridos. Além dos salários atrasados, funcionários da redação não recebem nem juros, nem mora, nem benefícios, como planos de saúde, cestas básicas ou qualquer ajuda de custo. É exigida dedicação dos funcionários, sem nenhuma contrapartida.

Promessas vãs

Em recente conversa entre o administrador da empresa Iran Girotto e Sindjor, ele afirmou que o pagamento referente ao mês de julho, que deveria ser pago até o dia 7 de agosto, cairia na conta dos funcionários no último sábado, 25. Logo depois, na segunda-feira, mandou avisar que o pagamento sairia na segunda-feira. Na manhã de segunda, não havia nada na conta dos funcionários e houve novo aviso de que o salário sairia naquela tarde, o que também não aconteceu até a manhã desta terça (28).

Girotto também ficou de organizar um cronograma de pagamento para os próximos dois meses, pois, segundo ele, a Folha só conseguirá cumprir o pagamento no quinto dia útil no prazo de três meses. Acontece que há cerca de três meses, quando a nova gestão assumiu, a empresa já havia se comprometido a regularizar os pagamentos até o quinto dia útil.

Coincidência ou não, a proposta prevê regularização dos pagamentos apenas depois da campanha eleitoral.

FONTE: Sindjor/MT

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Parmenas Alt
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