O relatório conclusivo da Polícia Federal sobre a Operação Castelo de Areia, que investiga a construtora Camargo Corrêa, diz que a empresa fez doações a candidatos e partidos políticos durante a eleição de 2006 de olho em obras públicas.
O objetivo, informaram agentes, seria o “tráfico de influência”. A PF diz que, após análise detalhada de mais de 200 doações, conclui-se que alguns dos repasses estão “relacionados a alguma obra, o que pode indicar que estas doações possam ser fruto de tráfico de influência”.
“O grupo [Camargo Corrêa] “doou” pouco mais de R$ 4 milhões com objetivo de beneficiar partidos e/ou órgãos onde teria interesse direto”, diz trecho que faz parte de um dos relatórios da Polícia Federal.
O advogado da empresa, Celso Vilardi, afirmou que não irá tecer comentários sobre documentos que estão sub judice.
Desde a semana passada, por ordem do Superior Tribunal de Justiça, toda a operação está suspensa. A defesa argumenta que a investigação começou de forma irregular e que, por isso, todos os documentos apreendidos na Camargo Corrêa ou na casa dos diretores devem ser considerados nulos, inclusive a planilha de doações eleitorais.
Fernando Barros De Mello e Lilian Christofoletti
F.Online