A Câmara de Representantes (equivalente à câmara dos deputados) dos Estados Unidos bloqueou nesta quarta-feira (8) o fechamento da polêmica prisão americana de Guantánamo – que abriga suspeitos de terrorismo, na ilha de Cuba – em 2011.
Os deputados também enterraram a possibilidade de que os cérebros dos atentados do 11 de setembro de 2001 sejam julgados no solo americano no próximo ano.
Por 212 votos contra 206, a casa aprovou um amplo projeto de finanças destinado a permitir o funcionamento do governo até setembro de 2011. O texto proíbe o governo de gastar dinheiro na compra de locais para alojar os prisioneiros de Guantánamo em solo americano.
A medida também impede a utilização “de fundos para transferir ou libertar” em solo americano “Khaled Cheik Mohammed – acusado de ser “autor intelectual dos ataques” – ou qualquer outro preso” de Guantánamo.
A prisão de Guantánamo tem, no momento, 174 detidos. Apenas três dos internos foram formalmente condenados por um tribunal militar.
Logo após sua posse, em 2009, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, prometeu fechar Guantánamo no máximo até 22 de janeiro de 2010. Diante da oposição do Congresso, no entanto, o governante desistiu da promessa.
No governo Obama, cerca de 70 detidos em Guantánamo foram libertados ou transferidos para outros países. De acordo com documentos secretos obtidos pelo site WikiLeaks, os EUA queriam enviar alguns desses presos para o Brasil, que se negou a recebê-los.
