quinta-feira, 21/11/2024
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Caixa lucra R$ 821,4 mi no 1º trimestre de 2011 e inicia feirões de imóveis

A Caixa Econômica Federal registrou lucro líquido de R$ 812,4 milhões nos primeiros três meses de 2011. O valor é 4,5% superior aos R$ 777,5 milhões contabilizados no mesmo período do ano passado. O bom resultado foi impulsionado, principalmente pelo desempenho das operações de crédito habitacional, que cresceram 50,5% na comparação trimestral.

De acordo com o balanço, foram concedidos R$ 46,3 bilhões em crédito entre janeiro e março, dos quais R$ 14,5 bilhões no financiamento de 119,7 mil moradias. Foram R$ 7,8 bilhões com recursos da poupança; R$ 5,2 bilhões com dinheiro do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS); R$ 1,2 bilhão em subsídios e R$ 189 milhões para consórcios e arrendamentos residenciais.

Os ativos administrados pela Caixa somaram R$ 893,8 bilhões no final de março, sendo R$ 431,4 bilhões de recursos próprios, R$ 268,7 bilhões do FGTS e R$ 134,8 bilhões em fundos de investimento, com destaque para os recursos próprios, que aumentaram 18,6% em relação ao primeiro trimestre de 2010.

O balanço da Caixa ressalta também que o patrimônio líquido da instituição somou R$ 17,5 bilhões, evolução de 27,2%, que gerou retorno médio de 21,3%. O estoque de créditos, no valor de R$ 190,5 bilhões, gerou receita de R$ 6,2 bilhões no trimestre. As receitas com serviços totalizaram R$ 2,8 bilhões, com aumentos de 48,3% e de 15,1%, respectivamente, na base trimestral.

Segundo a Caixa, a base de clientes cresceu 13,5% no período, atingindo 17 milhões de contas-correntes e 41 milhões de contas-poupança. Em virtude dessa evolução, os depósitos encerraram o trimestre com saldo de R$ 227,7 bilhões, 19,4% a mais que o saldo de 2010.

Outro bom desempenho foi o do patrimônio de referência, que atingiu R$ 34,3 bilhões, uma evolução de 14,3% que permite à Caixa manter a expansão na oferta de crédito. O crescimento possibilitou que o Índice de Basileia, no trimestre, ficasse em 15,2%, superior ao mínimo de 11% exigido pelo Banco Central. Quanto mais alto esse índice, maior a liquidez da instituição, o que sinaliza garantia para o investidor.

A instituição revelou ainda que as operações de crédito cresceram 41,5% nos últimos 12 meses terminados em março, totalizando R$ 190,5 bilhões, mais que o dobro do percentual de crescimento do mercado total de crédito, que foi de 20,7% no período em análise. De acordo com nota técnica da Caixa, “a expansão foi bastante influenciada” pelo crédito imobiliário, responsável, atualmente, por 61,5% das operações de crédito do banco estatal.

Mercado de imóveis

O presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Hereda, afirmou nesta sexta que os feirões da Casa Própria, promovidos pela estatal em 13 cidades do País, vão mostrar que não há bolha especulativa no mercado imobiliário. Ele reconheceu que o aumento de preços dos imóveis pode prejudicar o acesso de algumas famílias à moradia, mas disse que “o mercado se autorregula e não é possível reajustar o imóvel acima da capacidade que o mercado tem de absorver [o aumento], então, isso se equilibra”.

Otimista com o aquecimento do setor, o presidente da Caixa informou que, até o último dia 6, a instituição tinha fechado contratos no valor de R$ 21,5 bilhões, o mesmo montante registrado em igual período do ano passado. Na opinião dele, é um bom desempenho, que pode chegar a R$ 81 bilhões no acumulado do ano.

Para o executivo, os preços de imóveis anunciados nos jornais nunca são efetivamente praticados, mas funcionam como base de negociação e acabam caindo para que o negócio seja fechado. As declarações foram dadas durante solenidade de abertura da sétima edição do Feirão da Casa Própria de São Paulo, que vai até o próximo domingo. Em todo País, serão 13 feiras do gênero até o dia 12 de junho.

A expectativa de Hereda é que as vendas ao menos repitam o resultado de 2010, quando foram negociados R$ 8,4 bilhões em imóveis e fechados 93 mil contratos. Este ano, foram postos à venda mais de 450 mil imóveis novos, usados e em construção (na planta), sendo 195 mil só na região metropolitana de São Paulo.

O presidente da Caixa informou que a grande maioria dos frequentadores dos feirões ganha mais de três salários mínimos. Do total de ofertas, 69 mil são imóveis que valem, no máximo, R$ 170 mil, teto para quem está na faixa de renda de três salários mínimos. Entre R$ 170 mil e R$ 500 mil, serão ofertados 94 mil imóveis.

O executivo prevê um mercado ainda mais aquecido no segundo semestre, com as vendas vinculadas ao programa Minha Casa, Minha Vida. “Os prazos de até 30 anos [para pagar] e os juros reduzidos facilitam o acesso à moradia e a tendência é ampliar esses negócios”.

Nos feirões, os interessados contam todos os serviços necessários para a compra do imóvel. Para aprovação do crédito é necessário levar, além de documento de identidade e CPF, comprovante de residência e os três últimos contracheques. No caso de renda informal, os técnicos vão analisar os extratos bancários e as faturas dos três últimos meses do cartão de crédito.

Fonte:
Agência Brasil

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Parmenas Alt
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