Em momento de oferta global apertada, o preço do café disparou ontem na Bolsa de Nova York, atingindo o maior nível desde fevereiro de 1998.
Os contratos com vencimento em setembro saltaram 5,14% e terminaram o dia a 168,75 centavos de dólar por libra-peso. Durante a sessão, chegaram a subir quase 10%. Nos últimos 20 dias, a procura superior à oferta vem puxando as cotações da commodity. Enquanto a safra brasileira de café não chega, especuladores, como fundos e bancos, são fortes participantes do mercado.
Eles compram em volume contratos do café e dão sustentação aos preços. Desde o dia 7 de junho, o preço do café já subiu 25% em Nova York. Outro produto agrícola que voltou subir forte no pregão de ontem foi o açúcar, na mesma bolsa. O contrato para entrega em outubro avançou 2,40% e teve o maior fechamento desde 26 de abril.
A explicação para os ganhos é semelhante à do café: fornecimento restrito e consumo crescente, com expressiva atuação de fundos no mercado futuro. Além disso, as intensas chuvas no Nordeste brasileiro, que responde por cerca de 10% da safra nacional, abriram espaço para rumores sobre possível queda da produção.
O setor sucroalcooleiro também está preocupado com a estiagem na região Centro-Sul, responsável por quase 90% da safra do Brasil, maior produtor mundial.
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