Um documento que “vazou”, supostamente da PF na quinta-feira (22), seria referente a uma lista, que teria sido apreendida pela Polícia Federal durante a ação de busca e apreensão na residência do ex-secretário de Estado, Eder Moraes, aponta o suposto envolvimento de vários outros políticos e empresas que não foram mencionados no inquérito do Supremo Tribunal Federal, nas movimentações financeiras clandestinas que Eder Moraes mantinha com o agiota e empresário Júnior Mendonça.
O documento revela as anotações feitas por Eder e a ‘tradução’ da Polícia Federal. A lista aponta os nomes dos deputados estaduais Guilherme Maluf (PSDB) e Daltinho de Freitas (Solidariedade), além dos ex-deputados Dilceu Dal Bosco (DEM), Gilmar Fabris (PSD) e Percival Muniz (PPS), que atualmente é prefeito de Rondonópolis.
Além dos nomes que não haviam sido citados pelo STF, a planilha também se refere ao senador Blairo Maggi (PR), ao conselheiro aposentado Alencar Soares, que já foram citados pelo ministro Dias Toffoli no inquérito que apura o crime de corrupção passiva.
Conforme a lista de Eder, ‘traduzida’ pela PF, o maior empréstimo teria sido destinado ao senador Blairo Maggi (PR). Empatados no segundo maior valor tanto Gilmar Fabris, quanto Percival Muniz teriam recebido R$ 2 milhões, já Dilceu Dal Bosco teria recebido R$1,6, seguido de Guilherme Maluf com o valor de R$ 1,5. Daltinho teria ficado com a quantia de R$ 900 mil e R$ 600 mil respectivamente.
Entre as empresas citadas estão a Gemini Projetos Incorporações e Construções, que teria recebido R$ 500 mil e a Geosolo Engenharia Planejamento e Consultoria, à qual teria sido repassado o valor de R$ 5 milhões.
Apesar dos indicativos, o documento da PF pontua que as anotações permitem algumas suposições que devem ser confirmadas oportunamente.
MISTÉRIOS DA LISTA
As anotações de Eder também possuem alguns ‘mistérios’ a serem desvendados. A lista cita siglas do Ministério Público, do Tribunal de Contas, além de uma ação pública, ao lado da concessionária de energia Rede Cemat e dois destaques da Polícia Federal e Receita Federal, interligados ao nome de Tarso Genro, ex-ministro da Justiça e atual governador do Rio Grande do Sul.
OUTRO LADO
A reportagem também foi divulgada pelo site Rdnews, na matéria, todos os políticos citados na lista de Eder Moraes negaram as informações.
ComReporteMT