Convênio assinado entre o prefeito de Cáceres, Francis Maris Cruz, e o governador em exercício, Otaviano Pivetta, oficializou a transferência da administração do porto fluvial de Cáceres para o município. O porto, que pertence `a União, estava sendo gerenciado pelo Estado em regime de concessão, mas se encontrava com as atividades paralisadas há cerca de 10 anos.
O prefeito disse que o município vai abrir uma chamada pública para atrair interessados da iniciativa privada para colocar o porto em operação. “A empresa contratada terá que reformar o local que a partir de então terá condições de entrar em operação, gerando riquezas para o município, o estado e a União”, assinalou Francis.
O prefeito disse, ainda, que o porto vai viabilizar a exportação de produtos de Mato Grosso, como a soja e outros grãos, e a importação de ureia e cloreto de sódio, da Bolívia, além do trigo da Argentina, por meio do rio Paraguai. “Há empresas interessadas em instalar uma indústria de farinha de trigo no município e com a possibilidade de esse produto vir do país vizinho, por meio do rio Paraguai, estamos muito otimistas com a geração de empregos e o fomento ao desenvolvimento local”, frisou.
Francis destacou, ainda, a economia proporcionada pelo transporte hidroviário. Para efeito de comparação, o transporte de uma tonelada de soja via hidrovia é 100 dólares mais barato do que se fosse realizado por rodovia. “O funcionamento do porto de Cáceres trará importantes resultados para os produtores de soja, principalmente dos municípios próximos, como Comodoro, Sapezal, Tangará, Diamantino, entre outras localidades”, frisou o prefeito, acrescentando que vai compensar economicamente para as cidades localizadas até 500 quilômetros do porto o transporte pela chamada Hidrovia do Mercosul, através do rio Paraguai.