sexta-feira, 20/09/2024
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Bush: Osama bin Laden queria usar o Iraque para atacar os EUA

O presidente George W. Bush, buscando angariar apoio a sua impopular guerra no Iraque, disse hoje que informações de inteligência garantiam que Osama bin Laden conspirava em 2005 para tornar o Iraque uma base da Al-Qaeda para ataques contra os Estados Unidos.

Bush disse hoje que as forças americanas devem permanecer no Iraque para evitar uma “vitória” da Al-Qaeda, cuja célula no país recebeu a incumbência de preparar atentados nos EUA, segundo ele.

De acordo com pesquisas recentes, os americanos estão céticos sobre as operações no Iraque. Mesmo assim, Bush minimizou o conflito entre xiitas e sunitas no país e enfatizou a presença da rede terrorista.

Em discurso na cerimônia de formatura dos cadetes da Academia da Guarda Costeira dos EUA em Connecticut, Bush disse que a luta contra a Al-Qaeda no Iraque é “essencial” para a segurança dos americanos.

O presidente reiterou que Osama bin Laden, o líder da organização, pretende fazer do Iraque um “novo santuário terrorista” para preparar seus atentados.

O presidente dos EUA já tinha usado os mesmos argumentos para tentar aplacar o descontentamento com sua política, mas, desta vez, utilizou novas “revelações”.

Bush alegou que, em janeiro de 2005, bin Laden deu a Abu Musab al-Zarqawi, então líder da Al-aeda no Iraque, a missão de formar uma célula para realizar atentados no exterior, principalmente nos EUA. Segundo o presidente, Zarqawi se sentiu honrado com a incumbência, e afirmou que tinha algumas propostas.

Bin Laden teria ordenado ao agente Hamza Rabia que enviasse um relatório a Zarqawi sobre as operações da Al-Qaeda no exterior, e Abu Faraj al-Libbi, um dos comandantes da rede, teria sugerido que Rabia fosse enviado ao Iraque.

A informação era secreta, mas, nesta terça-feira, a Casa Branca divulgou à imprensa. O governo não quis revelar se Zarqawi chegou a planejar atentados fora do Iraque ou se havia alvos específicos no território americano.

O Exército dos EUA assassinou Zarqawi em junho de 2006 em Diyala, no Iraque, com um ataque aéreo. Rabia morreu no Paquistão, e Libbi está nas mãos dos americanos.

Bush usou essas alegações para tentar convencer que os EUA devem combater inimigos no Iraque para não ter de lutar contra eles em seu próprio território.

No entanto, o uso das informações provocou críticas dos que acham que a Casa Branca só permite a divulgação seletiva de informações de inteligência, como forma de apoiar seus argumentos. O governo americano teria feito o mesmo nos meses anteriores à invasão do Iraque, para criar a sensação de que não havia dúvida de que Saddam Hussein tinha armas de destruição em massa.

Rand Beers, um especialista em terrorismo ligado aos democratas, afirmou que, segundo os serviços de espionagem, os planos mais recentes de atentados nos EUA vêm do Paquistão, e não do Iraque.

Há alguns meses, o diretor de Inteligência Nacional, Mike McConnell, confessou que estava “muito preocupado” com as tentativas da Al- Qaeda de estabelecer uma base operacional no noroeste do Paquistão. Para ele, essa será uma região “sem lei”, onde alguns acreditam que estão escondidos bin Laden e seu “vice”, Ayman al-Zawahri.

O líder dos democratas no Senado, Harry Reid, concordou com Bush que o Iraque é importante para a Al-Qaeda, mas chegou a uma conclusão diferente.

“O Iraque realmente se transformou em um lugar de treinamento e em propaganda para uma nova geração de terroristas. Exatamente por isso é tão importante mudar o rumo e passar da estratégia fracassada do presidente no Iraque para uma nova que combata os terroristas mais efetivamente”, disse.

Este mês, os democratas fracassaram na tentativa de forçar Bush a se submeter a suas reivindicações. Os líderes do partido retiraram sua exigência de que qualquer projeto de lei para destinar verbas às operações militares incluísse uma data para a retirada das tropas.

Em vez disso, o pacote legislativo negociado com a Casa Branca contempla uma redução da ajuda ao governo do Iraque se este não cumprir certas condições.

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Parmenas Alt
Parmenas Alt
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