O brasileiro acredita mais em ações sociais do que na repressão ostensiva como estratégia para a segurança pública. Essa é uma das conclusões de uma pesquisa da Federação do Comércio do Estado do Rio (Fecomércio), solicitada à Ipsos Public Affairs.
De acordo com a pesquisa, há uma preferência cada vez mais forte por ações sociais em relação as ações diretamente ligadas às de segurança pública. Num ranking de preferências sobre as soluções para resolver o problema da violência e da criminalidade, os entrevistados optaram em primeiro lugar por “Gerar mais empregos e colocar mais policiais nas ruas”. “Implementar mais programas de primeiro emprego para os jovens” ficou em 2º lugar. Em terceiro ficou “aprovar leis mais duras e penas mais longas”.
Quanto confrontada a sugestão de redução da maioridade penal para 16 anos, essa alternativa perde para outras quatro opções: 61% a 39% para equipar melhor a polícia; 73% a 27% para investir em programas sociais nas comunidades voltados para crianças; 79% a 21% para gerar mais empregos para jovens e; 72% a 28% para aprovar leis e punições mais severas.
A pesquisa também abordou a situação da impunidade no País. Entre os entrevistados, 78% acreditam que a impunidade no Brasil aumentou nos últimos dois anos; 13% que diminuiu; 3% que permaneceu igual e 6% não souberam responder.
A maioria dos ouvidos pelo levantamento (56%) culpou a Justiça pelo aumento da impunidade e outros 24% apontaram a Polícia como responsável.
Dentre os entrevistados, 54% defendem que a pirataria não tem relação com a violência e a criminalidade nem tampouco gera desemprego. Por outro lado, para 46% uma das fontes de recursos da criminalidade é a pirataria e a falta de combate a essa prática aumenta o desemprego e a violência.
O levantamento foi realizado com mil entrevistados, entre os dias 24 e 29 de fevereiro de 2008, em nove Regiões Metropolitanas e 70 cidades do País.
U.Seg