segunda-feira, 23/12/2024
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Brasileiro come menos arroz com feijão e mais comida industrializada em casa

Entre 2002 e 2009, a aquisição média anual per capita de arroz por família caiu 40,5% para o arroz polido, de 24,5 kg para 14,6 kg, e de 26,4% de feijão, de 12,4 kg para 9,1 kg e açúcar refinado, de 48,3%. No mesmo período, aumentaram, entre outros, o refrigerante de cola 39,3%, a água mineral 27,5%, e a cerveja 23,2%.

Essas e outras informações estão disponíveis nas publicações da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2008-2009: “Aquisição alimentar domiciliar per capita – Brasil e Grandes Regiões” divulgada nesta quinta-feira (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A evolução do consumo de alimentos no domicílio também indica a queda na participação relativa de itens tradicionais como arroz, feijão e farinha de mandioca, enquanto cresceu a proporção de comidas industrializadas, como pães, embutidos, biscoitos, refrigerantes e refeições prontas.

Entre as médias de aquisição domiciliar per capita anual de alimentos em todo o País em 2008-2009, destacam-se os grandes grupos de bebidas e infusões, (50,7 kg), laticínios (43,7 kg), cereais e leguminosas (39,0 kg), frutas (28,9 kg), hortaliças (27,1 kg) e carnes (25,4 kg).

A aquisição na área urbana foi maior do que a média nacional para bebidas e infusões (55,2kg) e bem menor na área rural (28,9 kg). O mesmo ocorreu com as frutas, mas a situação se inverteu com os grupos de cereais e leguminosas e carnes.

Entre as regiões, o Sul se destacou na média de aquisição anual per capita dos grupos de carnes (35,7 kg), laticínios (67,4 kg), bebidas e infusões (64,1 kg), hortaliças (38,6 kg), frutas (36,5 kg) e alimentos preparados e misturas industriais (4,8 kg), todos acima das respectivas médias nacionais e das outras regiões.

O Centro-Oeste e o Nordeste tiveram as maiores médias para cereais e leguminosas. Na comparação entre áreas urbanas e rurais, o arroz polido e as carnes bovinas apresentaram médias superiores às médias nacionais na área rural, enquanto o leite de vaca pasteurizado teve médias maiores na urbana.

A avaliação nutricional mostrou que, em 2008-2009, a disponibilidade média per capita de alimentos correspondeu a 1.611 kcal/dia, menos que em 2002-2003 (1.791 kcal). O estudo identificou algumas características negativas dos padrões de consumo alimentar em todo o País e em todas as classes de renda, como o teor excessivo de açúcar (16,36%) e a participação insuficiente de frutas (2,04%) e verduras e legumes (0,80%) na alimentação.

Nas regiões economicamente mais desenvolvidas, Sul, Sudeste e Centro-Oeste e, de modo geral, no meio urbano e entre famílias com maior renda, havia consumo elevado de gorduras, em especial as saturadas. Também foram observados padrões positivos de consumo, como a adequação sistemática do teor protéico dos alimentos (12,08%) e a elevada participação de proteínas de origem animal (6,69%).

Fonte:
IBGE

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Parmenas Alt
Parmenas Alt
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