Times se enfrentam nesta quarta-feira, às 19h30 (horário de Brasília) em jogo adiantado da 4ª rodada
A rivalidade entre Flamengo e Palmeiras tem crescido nos últimos anos, principalmente com as disputas de títulos entre os dois. E essa rivalidade ganha mais um capítulo no jogo adiantado da 4ª rodada do Campeonato Brasileiro nesta quarta-feira, 20, às 19h30 (horário de Brasília), no Maracanã. Somente torcedores rubro-negros estarão presentes nas arquibancadas, sem a presença da torcida visitante. Mas por que? Em 2019, alegando medidas de segurança, o Palmeiras foi à Justiça e conseguiu que a partida da 36ª rodada do Campeonato Brasileiro daquele ano não tivesse a presença dos flamenguistas. O Ministério Público, a Polícia Militar de SP e a CBF acataram o pedido. Como resposta, o time carioca também entrou na Justiça e conseguiu o direito pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), no dia 13 de fevereiro de 2020. A decisão foi tomada como ‘reciprocidade‘ ao episódio dos palmeirenses. Nesse período, os times se enfrentaram duas vezes: uma em Brasília, pelo Brasileirão de 2020, e a outra no Rio de Janeiro em 2021, mas em ambas o público não estava presente por causa das restrições da pandemia. No Estado de São Paulo é comum o jogo de torcida única entre os quatro grandes (Corinthians, São Paulo, Palmeiras e Santos) por questões de segurança, mas essa é uma medida pouco usada para times de estados diferentes.
O que diz o Palmeiras?
Durante a semana algumas personalidades envolvidas no jogo se pronunciaram. Raphael Veiga falou em entrevista ao SportsCenter, da ESPN Brasil, que gostaria que a torcida alviverde estivesse presente. “Se eu pudesse escolher, queria a nossa torcida junto. Sempre fizeram a diferença. Mas se é uma decisão de cima, jogador não pode fazer nada. Tem que acatar o que é passado para gente. É continuar fazendo o nosso trabalho. Não vai ter torcida, mas a gente vai entrar firme para jogar. Torcida influencia, mas o principal é dentro de campo. Não adianta o estádio estar cheio e não fazer a nossa parte em campo”, disse o meio-campista. O técnico Abel Ferreira criticou os interesses do futebol por trás da decisão. “Isso são questões profundas do futebol brasileiro. Eu já falei várias vezes sobre isso, uma coisa é olhar para o futebol e outra é olhar para aquilo que são outros interesses. Eu sou treinador, a minha parte é treinar e preparar minha equipe. Quem é dirigente tem que dirigir, cada um tem que fazer o seu trabalho. São questões políticas, vocês sabem que o futebol aqui no Brasil tem muitas questões políticas”, disparou.
Na noite de sexta-feira, o Palmeiras emitiu uma nota oficial em que cita a ‘falta de união dos clubes’, mas não questionou a decisão do STJ. “O Palmeiras não comenta decisões judiciais, mas entende que o momento pede uma maior união entre os clubes. A rivalidade deve se restringir ao campo de jogo. Se quisermos criar efetivamente uma liga forte, precisamos caminhar em busca da harmonia. Somente dessa forma o futebol brasileiro vai vencer”, diz o comunicado. A torcida flamenguista, que não tem nada a ver com a briga, esgotou três setores do Maracanã. Ao todo 61 mil foram colocados a venda e adquiridos pelos rubro-negros. O último jogo entre as equipes foi a final da Copa Libertadores 2021, que terminou 2 a 1 para o Palmeiras.
JovemPan