O confronto entre Brasil e Sérvia nesta quarta-feira é decisivo. Dele, o Brasil pode deixar a Copa do Mundo ou seguir para as oitavas de final. Num Mundial onde vários jogos são decididos nos acréscimos (entre 5 a 7 minutos, em geral), Tite quer “nível de concentração alto” do time no gramado do Spartak Stadium em Moscou. E nem precisou insistir demais no assunto com os atletas. “Nunca nos faltou atitude”, disse Cléber Xavier, auxiliar técnico de Tite.
O resto seguiu o protocolo. Depois da vitória sobre a Costa Rica, definida entre 46 e 52 minutos do segundo tempo, os titulares ganharam repouso no sábado e treino leve no domingo. Oralmente, eles foram informados sobre erros e acertos que cometeram no jogo contra os costa-riquenhos. Na segunda, treinos táticos, trabalho de saída de bola e transição ofensiva.
Nos dois últimos dias, os atletas passaram também a receber vídeos com detalhes dos pontos fortes e fracos do time sérvio. Nas duas sessões de treino, foram ensaiadas jogadas de bola parada ofensiva e defensiva. Contra um time com média de altura de 1,88 metro, é melhor não bobear.
O time titular será o mesmo que iniciou o jogo diante da Costa Rica. William ganhou atenção e reforço no lado direito. Fágner, se puder, vai subir mais do que fez contra a Costa Rica. A movimentação de Paulinho terá que ser mais intensa. Os laterais precisarão de atenção para evitar bolas altas. “Nós nos preparamos para a Sérvia como nos preparamos para a Suíça e para a Costa Rica. E vamos nos preparar para o próximo adversário”, disse Xavier.
Neymar não ouviu sermão nem conselho especial. Tite não acha que a estrela da companhia está sob stress adcional. “Depois da vitória sobre o Equador, eu chorei. Repeito: eu chorei. É normal”, disse na entrevista coletiva. Preocupa mais o comportamento diante da atitude do árbitro, que já rendeu um amarelo para Ney e para Philippe Coutinho.
O Brasil que vai a campo contra a Sérvia sabe que não pode perder. Vai começar o jogo com intenção de ganhar. Pode negociar o empate, pois o regulamento dá esta vantagem. Mas a comissão técnica quer grupo alerta: “O jogo só termina depois dos 90 minutos. A Copa está mostrando isso”, falou Cléber Xavier.