Segundo o Banco Central, o valor será incorporado nos dias 28 de agosto e 9 de setembro. no dia 28 de agosto, o aporte será de US$ 3,5 bilhões e no dia 9 de setembro, de US$ 433,4 milhões.
Essa alocação foi acertada no âmbito do grupo de países conhecido como G20 e foi determinada para “constituir um colchão de liquidez para ajudar os integrantes do organismo a melhor enfrentar a crise”, segundo o BC.
Na última segunda-feira (24), as reservas brasileiras, no conceito de liquidez internacional, estavam em US$ 214,857 bilhões.
Em junho, o Brasil já havia emprestado US$ 10 bilhões ao FMI, também por meio dos DES.
Empréstimo de reservas
A operação não significa que o País precisa de ajuda externa. Pelo contrário, com esse aporte, o Brasil passa a ter condições de emprestar parte dos dólares das reservas internacionais para outros membros do Fundo. Pelas regras atuais, o País passa a ter condições de emprestar até US$ 9 bilhões das reservas, atualmente em US$ 214 bilhões.
A distribuição dos papéis segue a proporcionalidade das cotas de cada nação na instituição. De posse dessa moeda do FMI, economias com dificuldade podem tomar recursos emprestados de países com situação externa melhor e os papéis são dados como “garantia” do negócio. Quem oferece dólares, ganha juros do país que tomar o empréstimo.
“Se o FMI colocar o Brasil nesse plano de designação, o que provavelmente vai acontecer porque temos posição robusta e sustentável nas reservas, teremos de dar liquidez aos outros países”, explicou a diretora de Assuntos Internacionais do BC, Maria Celina Arraes.
Antes da medida anunciada hoje, o Brasil já possuía cerca de US$ 500 milhões em papéis do Fundo. Agora, a posição total será multiplicada por nove, para US$ 4,5 bilhões. Com esse montante, o Brasil poderá emprestar aos outros países o dobro, ou seja, US$ 9 bilhões.
Segundo Maria Celina, poucos países fazem parte do grupo de nações associadas ao Fundo que têm fôlego para emprestar parte das reservas. Ela citou como exemplo os Estados Unidos, União Europeia, Inglaterra, Japão e os maiores mercados emergentes, como a China, Rússia, Índia e Brasil.
Fonte: Agência Estado)