quinta-feira, 21/11/2024
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Brasil tem aumento de 3,1%,da população de gado e MT continua na liderança

O Centro-Oeste é a principal região em participação de rebanho bovino, com 75,4 milhões de cabeças, diz IBGE

O rebanho bovino nacional teve aumento de 3,1%, chegando a 224,6 milhões de cabeças em 2021, recorde da série histórica iniciada em 1974.

A estimativa deu continuidade ao crescimento iniciado em 2019 e foi também o maior valor já projetado, superando o recorde anterior da série histórica, de 218,2 milhões em 2016.

“O destaque estadual se manteve com o Estado de Mato Grosso, onde foram estimadas 32,4 milhões de cabeças, equivalentes a 14,4% do efetivo nacional. Assim como na edição anterior, em 2021 o segundo maior efetivo foi estimado no estado de Goiás (10,8%) e o terceiro no do Pará, que passou a ocupar essa posição a partir da PPM 2020, e com mais um ano de aumento atingiu participação de 10,7% no rebanho nacional”, diz a Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM) 2021, divulgada na quinta-feira (6), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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Os maiores aumentos absolutos no efetivo ocorreram nos estados da Bahia (2 milhões de animais), do Pará (1,5 milhão) e de Tocantins (1 milhão).

A China manteve-se na liderança das importações de carne bovina brasileira, mesmo com o embargo imposto ao Brasil de setembro a dezembro, devido a dois casos atípicos de encefalopatia espongiforme bovina, doença conhecida como “vaca louca”.

DESTAQUE – O Centro-Oeste é a principal região em participação de rebanho bovino, e seus 75,4 milhões de cabeças equivaleram a 33,6% do efetivo nacional.

O Norte continua em expansão e apresentou o maior aumento quantitativo, chegando a 55,7 milhões de animais, correspondente a 24,8% do total nacional.

O maior aumento percentual foi no Nordeste (9,5%), quarto maior o rebanho regional, que chegou a 13,9% do total nacional.

Enquanto isso, o Sul, detentor do menor efetivo regional (10,5%), foi a única região que apresentou queda, de 1,8%, comportamento de diminuição de rebanho que vem sendo observado desde 2017.

O aumento na região Norte veio, principalmente, do Pará e do Tocantins e, no Nordeste, da Bahia.

Em 2021, São Félix do Xingu (PA), mais uma vez, liderou o ranking municipal de efetivo de bovinos, com rebanho de 2,5 milhões de cabeças.

Corumbá (MS) continuou com o segundo maior rebanho, com 1,8 milhão de animais, e Marabá (PA) manteve a terceira posição com 1,5 milhão de bovinos.

Segundo o IBGE, o efetivo de galináceos teve acréscimo de 3,5%, equivalente a 52,2 milhões de animais a mais quando comparado ao ano anterior.

Foram contabilizadas 1,5 bilhão de cabeças.

O rebanho de suínos cresceu 3,2% em 2021, chegando a 42,5 milhões de animais, recorde da série histórica. Metade desse rebanho está na Região Sul.

O município com o maior rebanho foi, mais uma vez, Toledo (PR), com 869,2 mil cabeças.

O valor de produção dos principais produtos de origem animal (leite, ovos de galinha e codorna, mel, casulos de bicho-da-seda e lã) chegou a R$ 91,4 bilhões em 2021.

O leite concentrou 74,5% desse valor.

Desde 2017, Santa Maria de Jetibá (ES) é o município brasileiro com o maior valor dessa produção (R$ 1,4 bilhão).

A produção de ovos de galinha superou a marca de 2020 em 1,7% e alcançou 4,8 bilhões de dúzias, representando mais um ano de recorde na série histórica da pesquisa.

O valor de produção foi de R$ 21,9 bilhões. O município líder em produção de ovos foi Santa Maria de Jetibá (ES), com 339,5 milhões de dúzias.

A produção nacional de leite foi de 35,3 bilhões de litros em 2021, o segundo maior volume já registrado na pesquisa após o recorde de 2020.

A liderança permanece com Castro (PR), com 381,7 milhões de litros.

O efetivo de vacas ordenhadas foi de 15,9 milhões de cabeças, estável em relação ao ano anterior.

“No mercado interno, com a alta no preço das carnes, a demanda por ovos de galinha cresceu, e o produto atingiu novo recorde de produção. Na produção de leite, a ocorrência de seca e geadas reduziu a qualidade das pastagens e dos grãos utilizados para alimentação animal, prejudicando a produtividade e, associado ao aumento dos custos da atividade, houve desestímulo e a produção no ano ficou logo atrás do recorde de 2020”, diz o IBGE.

A produção nacional de mel chegou à marca de 55,8 mil toneladas produzidas, alta de 6,4% em relação ao ano anterior, um novo recorde.

O município líder em produção de mel foi Arapoti (PR), com 925,6 toneladas.

A piscicultura chegou ao maior nível da série, com 559 mil toneladas, alta de 0,9% em relação ao ano anterior, e R$ 4,7 bilhões em valor de produção.

A tilápia permanece liderando no setor, representando 39,7% (ou R$ 2,7 bilhões) do seu valor de produção. O

maior produtor de tilápia foi Nova Aurora (PR), com 20,1 mil toneladas e R$ 146,8 milhões em valor de produção.

com Diário de Cuiabá

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Parmenas Alt
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