quinta-feira, 21/11/2024
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Brasil registra uma tentativa de fraude a cada 16,8 segundos, aponta Serasa

Uma tentativa de fraude é aplicada a cada 16,8 segundos no Brasil. No acumulado de janeiro a maio, o País registrou 782.244 tentativas de golpes. O segmento de telefonia foi o mais afetado no período, sendo responsável por 38,6% do total, com 301.956 ocorrências.

Quando acontecem golpes desse tipo, dados de consumidores são utilizados por criminosos para abertura de contas de celulares ou compra de aparelhos, por exemplo. As informações são do Indicador Serasa Experian de Tentativas de Fraude e foram divulgados nesta semana, em São Paulo.

No caso da área de  telefonia , quando a fraude funciona, ela serve como uma porta de entrada para os fraudadores aplicarem golpes de maior valor em outros setores da economia. É comum que os golpistas comprem telefones para ganhar um comprovante de residência e, dessa forma, conseguir fazer a abertura de contas em bancos para pegar talões de cheque e cartões de crédito e, ainda, fazer empréstimos bancários em nome de outras pessoas.

A segunda colocação entre os setores com o maior número de tentativas de fraudes ficou com o segmento de Serviços. No período entre os meses de janeiro e maio deste ano, houve um 233.092, tentativas, o que representa 29,8% do total.

Na terceira posição ficaram os bancos e as financeiras com 23,9% de participação e 187.203 tentativas. O quarto setor mais afetado pelas tentativas nos cinco primeiros meses do ano foi o Varejo, com 47.452 tentativas e participação de 6,1%. Os demais segmentos representaram 1,6% do total.

Já em relação ao mês de maio, 164.988 tentativas de fraude foram aplicadas em todos os segmentos, o que representa um aumento de 19,7% em relação a abril do mesmo ano, quando o indicador apontou 137.856 tentativas. Na comparação de maio deste ano em relação ao mesmo período de 2016, o crescimento nas tentativas foi de 12,3%.

Golpes têm ambiente propício

De acordo com economistas da Serasa Experian, a volta gradativa do consumidor ao mercado de crédito após dois anos de recessão econômica pode estar estimulando os fraudadores a aplicar golpes, já que muitas vezes eles consideram os períodos de maior movimentação como ambiente propício.

Informações divulgadas no Indicador Serasa Experian da Demanda do Consumidor por Crédito apontaram crescimento de 2,1% no primeiro semestre deste ano, na comparação com o mesmo período do ano anterior, na quantidade de pessoas que buscou crédito no país.

Estudos da Serasa indicam que basta perder um documento pessoal para dobrar a probabilidade de o cidadão ser vítima de um golpe, já que os dados pessoais de um consumidor são usados por terceiros para firmar negócios sob falsidade ideológica ou obter crédito sem a intenção de honrar os pagamentos.

Quem teve documento extraviado deve cadastrar um alerta gratuito na Serasa para diminuir o risco de problemas. O serviço pode ser acessado por meio deste link . Além disso, é importante fazer um Boletim de Ocorrência numa delegacia policial. O registro ajuda a reduzir o risco e evita a dor de cabeça de ter dados pessoais utilizados por fraudadores.

Documento roubado ou perdido 

Por meio de um alerta, o serviço avisa às empresas que consultam seus produtos sobre a perda ou roubo do documento quando este for utilizado para abertura de conta em bancos, compra de bens e serviços ou pagamentos. Assim, antes de efetuar a compra, por exemplo, estas empresas poderão tomar algumas atitudes preventivas, como solicitar outros tipos de documentos para comprovar a identidade, por exemplo.

Existem também outras ações que podem ajudar o consumidor a se proteger das fraudes. Uma das dicas é não perder de vista seus documentos de identificação quando solicitados para protocolos de ingresso em determinados ambientes ou quaisquer negócios. Do mesmo modo, não deixar que atendentes de lojas e outros estabelecimentos levem seus cartões bancários para longe de sua presença sob a alegação de efetuar o pagamento.

É importante também tomar cuidado ao digitar a senha do cartão de débito ou crédito na hora de realizar pagamentos, principalmente na presença de desconhecidos. Outra dica é não informar os números dos seus documentos quando preencher cupons para participar de sorteios ou promoções de lojas.

No caso de compras por meio da internet, é preciso redobrar a atenção. Quando o consumidor entra em um site, é importante verificar se há certificado de segurança. Para isso, basta checar se o http do endereço vem acompanhado de um “s” no final (https). Há ainda certificados que ativam um destaque em verde na barra do navegador.

Uma dica valios é não fazer cadastros em sites que não sejam de confiança. Tome cuidado também com sites que anunciam ofertas de emprego ou produtos por preços muito inferiores ao mercado. A Serasa ainda aconselha a não compartilhar dados pessoais nas redes sociais que podem ajudar os golpistas a se passar pelo consumidor, assim como manter atualizado o antivírus do computador, diminuindo os riscos de ter seus dados pessoais roubados por arquivos espiões.

Procure evitar fazer qualquer tipo de transação financeira utilizando computadores conectados em redes públicas de internet. Se isso não for possível, ao usar computadores compartilhados, é prudente verificar se fez o log off das suas contas (e-mail, internet banking, etc).

Principais tentativas de golpe

Existem muitas formas de tentativas de golpe , segundo as informações fornecidas pleo indicador. Confira quais são as principais:

1) Emissão de cartões de crédito: o golpista pede um cartão de crédito usando uma identificação falsa ou roubada, deixando a conta para a vítima e o prejuízo para o emissor do cartão;

2) Financiamento de eletrônicos:  neste tipo de fraude, o golpista compra um bem eletrônico (TV, aparelho de som, celular etc.) usando uma identificação falsa ou roubada, deixando a conta para a vítima;

3) Abertura de conta:  neste golpe, o criminoso abre conta em um banco usando uma identificação falsa ou roubada, deixando a conta para a vítima. Em situações como essa, toda a cadeia de produtos oferecidos (cartões, cheques, empréstimos pré-aprovados) potencializa possível prejuízo às vítimas, aos bancos e ao comércio;

4) Compra de automóveis: já em uma fraude deste tipo, um automóvel é comprado pelo golpista, que usa uma identificação falsa ou roubada e, dessa forma, também acaba deixando a conta para a vítima.

Link deste artigo: http://economia.ig.com.br

 

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