A manutenção dos juros básicos da economia em 14,25% ao ano, definida nesta quarta-feira, 21 de outubro, pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), era esperada pela indústria. Um eventual aumento da taxa no cenário atual seria ineficaz para o controle da inflação e teria consequências devastadoras para a economia, com o aumento dos juros da dívida pública e o agravamento das dificuldades das empresas, avalia a Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Para a indústria, a inflação continua alta por causa dos reajustes dos preços administrados, da desvalorização do real frente ao dólar e da deterioração das expectativas. Por isso, embora a política monetária deva se manter vigilante, a CNI destaca que o país precisa consolidar o ajuste fiscal para controlar a dívida pública e criar um ambiente compatível com a queda nos juros. A CNI destaca que, sem o ajuste fiscal, a economia seguirá em recessão.
O ajuste, no entanto, deve ser acompanhado de medidas que promovam a competitividade das empresas, melhorem o cenário econômico e estabeleçam condições para a retomada do crescimento. Definir e implementar essa agenda é fundamental para recuperação da confiança dos empresários e consumidores e a f utura redução dos juros.