Com a derrota, o Brasil tem a situação complicada na primeira fase e agora soma quatro pontos, com uma vitória e duas derrotas, mesma situação de Austrália e Lituânia. Destes três, apenas dois passam para as oitavas-de-final. O Brasil fica em situação pouco mais complicada pois enfrenta ainda a Grécia, líder da chave, e a Lituânia.
Já a Turquia garante a classificação, após a terceira vitória em três jogos e se junta à Grécia, na mesma situação. Mais do que isso, o país se vinga da derrota sofrida no Mundial de 2002, nos EUA, quando perdeu para o Brasil no último segundo, em arremesso de três pontos de Marcelinho.
Para o jogo desta terça, o técnico Lula Ferreira entrou com time novamente diferente, mantendo Marcelinho Huertas na armação, mas com Guilherme de novo na posição três. A modificação, segundo o treinador, seria para promover marcação mais forte. No entanto, o início atabalhoado da defesa brasileira contrariou a tática pré-estabelecida.
Com precisão acima do normal nos arremessos de longa distância, os turcos foram aos poucos abrindo. Ao fim do primeiro quarto, tinham acertado quatro bolas de três, além de manter mais de 60% de aproveitamento nos dois pontos. O Brasil, por outro lado, teve como único ponto positivo a reação de Leandrinho, com 11 pontos dos 23 da equipe.
Mas se o início de partida havia sido ruim, o do segundo quarto foi ainda pior. Repetindo os erros na marcação e nos contra-ataques, o Brasil permitiu avanço dos europeus, que abriram 7 a 2 (32 a 25) de cara. Mais tarde, ainda com média alta nos três pontos, passaram a ter vantagem de 40 a 28.
Uma pequena reação no final ainda deixou a situação do país não tão ruim antes do intervalo. Mas o fato marcante foram os seguidos erros de lances livres (oito no total) e em uma bandeja de Marcelinho, sem marcação. A desatenção deixou Lula irritado na saída para o vestiário. “Não podemos errar esses lances. Saiu barato até pelo que a gente fez. Eles sabem que precisam melhorar”, disse o técnico.
O toque surtiu efeito na volta para o segundo tempo. O Brasil retornou ligado e em pouco menos de dois minutos equilibrou o duelo. Quem melhor representou a virada foi o ala Anderson Varejão, que marcou seus dois primeiros pontos em lances livres. Leandrinho se manteve bem e conseguiu a cesta que colocou a equipe na ponta, em 46 a 44. A partir daí, o que se viu foi uma grande alternância de vantagens, com seguidos erros de ambas equipes.
No quarto período, a Turquia reassumiu o controle e o Brasil voltou a repetir erros do início. No final, Leandrinho, o melhor do Brasil em quadra, teve a chance de colocar o país à frente em dois arremessos livres, mas desperdiçou. Em seguida, Marcelinho foi para a linha, tentou errar para garantir um rebote ofensivo, mas acabou acertando e enterrando as chances da virada.