quinta-feira, 21/11/2024
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Brasil perde batalha e Rússia fica com o título

Em jogo realizado em Osaka, na madrugada desta quinta-feira, a Rússia se vingou da derrota na segunda fase e venceu o Brasil por 3 a 2, parciais de 15/25, 25/23, 25/18, 20/25 e 15/13, em 1h50.
O Brasil não repetiu as boas atuações de todo o torneio, quando conquistou dez vitórias em dez partidas e sofreu duas viradas em momentos decisivos. A primeira veio no segundo set, quando tinha 23 a 21 e levou quatro pontos seguidos. No tie-break, a vantagem era semelhante, 13 a 11, com direito a contra-ataque de Sheilla, mas novamente as rivais conseguiram grande seqüência.

Com a derrota, a seleção feminina perde chance de repetir o que o masculino fez em 2002, ao conquistar o mundo em disputa na Argentina, e repete a campanha de 1994, quando também caiu na final em casa, diante de Cuba. Perde, também, oportunidade de coroar a grande geração, que vinha conquistando todos os títulos que disputava.

Desde 2004, quando perdeu exatamente para a Rússia na dura semifinal de Atenas, o grupo cresceu e dominou o vôlei mundial ao conquistar dez títulos, entre eles três seguidos do Grand Prix. A campanha no último mês de setembro fez com que o país chegasse como favorito no Mundial, principalmente pela vitória na final sobre a Rússia.

Neste Mundial, a trajetória indicava que as duas equipes teriam tudo para decidir novamente o torneio. Elas lideram suas chaves desde o início e foram para o último duelo da segunda fase para decidir quem entraria em vantagem nas semifinais. O Brasil se saiu melhor e venceu por 3 a 1, mas a Rússia não contou com Sokolova, contundida.

A jogadora voltou ao time na semifinal, foi importante na partida contra a Itália e voltou a jogar bem na decisão. Quem destoou, porém, foi a atacante Gamova. Pelo Brasil, o saque foi bem no primeiro set, mas caiu de produção em seguida. Sheilla e Jaqueline comandaram o ataque, mas também enfrentaram problemas, ao perderem bolas quando o time tinha 13 a 11 no quinto set.

Apesar dos erros, a seleção feminina sai do Japão de cabeça erguida pela ótima campanha, como o próprio Zé Roberto fez questão de afirmar. “O grupo está de parabéns pelo que correu, tentou. Elas são muito corajosas e enfrentaram dificuldades desde o início. Infelizmente no final a gente ficou atrás”, afirmou o treinador.

O jogo – O Brasil começou dando mostra do que faria mais para frente no set, com ace de Fofão. A Rússia devolveu na mesma moeda, com passagem de três pontos da maior sacadora do torneio, Godina. Com isso, as européias foram a 8 a 6 e depois a 13 a 11. Foi então que Fabiana entrou no saque e mudou a história da parcial.

A meio-de-rede conseguiu nada menos que três aces e quebrou a recepção em outras três oportunidades para virar em 17 a 13, para desespero do técnico Giovanni Caprara, que pediu dois tempos seguidos. O saque voltou a fazer diferença com Sheilla, no ace para 20 a 14, e com Jaqueline, em outro ponto de saque para fechar em 25 a 15.

A segunda parcial começou favorável ao Brasil, em 4 a 2. Depois de empate, as brasileiras voltaram a abrir 8 a 6 e 10 a 7, num bom contra-ataque de Sheilla. Fabiana marcou seu quarto ace no jogo e deixou o placar em 13 a 10, mas a Rússia não desanimou e, com dois bloqueios seguidos, empatou em 15 a 15.

O equilíbrio voltou a marcar o set, com viradas seguidas até o 21 a 21, quando o Brasil conseguiu dois pontos seguidos com Mari, que havia entrado no lugar de Sassá: 23 a 21. Novo tempo e a Rússia voltou forte, empatando em 23 a 23 e virando em 24 a 23. No set point, Sheilla errou ataque e o jogou ficou empatado.

A queda inesperada no final do set ficou refletida na seqüência. O Brasil entrou cabisbaixo em quadra e foi aos poucos cedendo espaço à Rússia. Com cinco pontos seguidos, as adversárias fizeram 11 a 6, quando Zé Roberto promoveu as entradas da Carol Albuquerque e Renatinha nos lugares de Fofão e Sheilla. Em seguida, Mari ganhou espaço.

As mudanças não surtiram efeito e a Rússia continuou melhor. Quando o Brasil esboçava reação no 17 a 15, um erro bobo desestabilizou de vez o grupo e fez com que as rivais abrissem ainda mais. Sem ritmo e bastante desanimado, a equipe perdeu outras chances e o set em 25 a 18.

Atrás, o Brasil voltou com Mari no quarto set no lugar de Sassá e o time melhorou em geral. Mais alegre e vibrante, manteve-se sempre à frente, com pequena vantagem. O saque também entrou e Jaqueline garantiu dois aces, um deles para pôr o Brasil em 16 a 13. No final, foi a Rússia que mostrou desequilíbrio, com Gamova errando. Num ataque de Mari, 25 a 20.

O tie-break foi emocionante do começo ao fim. A Rússia saiu na frente em 4 a 2, mas o Brasil empatou em 4 a 4. Mari errou contra-ataque e permitiu que as rivais virassem em 8 a 6. Veio boa seqüência e o Brasil virou em 9 a 8, após grande bloqueio de Sheilla em Godina.

O jogo seguiu nervoso e com as equipes virando até o 12 a 11, quando Sokolova errou bola fácil, sem bloqueio, para deixar o Brasil com 13 a 11. Na seqüência, erro de Sheilla e empate em 13 a 13. Na volta do tempo, Jaqueline foi bloqueada e a Rússia teve match point. No saque de Sokolova, recepção ruim de Mari e Gamova matou direto, 15 a 13.

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Parmenas Alt
Parmenas Alt
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