O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse que o Brasil não reconhecerá, para efeitos de política externa, os departamentos (é como os bolivianos chamam os estados) que se declararem autônomos em relação ao governo de Evo Morales. “Nós não favorecemos nada que ameace a integridade territorial da Bolívia”, afirmou.
O ministro se referiu a pontos específicos do estatuto de autonomia votado ontem em Santa Cruz, que têm o potencial de criar “embaraço a um governo nacional”, segundo Amorim.
O artigo 82 do estatuto prevê que “os controles aduaneiros” de Santa Cruz serão definidos por lei local. A função hoje é cumprida por funcionários do governo central. Santa Cruz é a porta de entrada das exportações brasileiras na Bolívia e porta de saída do gás natural importado pelo Brasil.
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