A decisão foi anunciada após uma análise sorológica identificar animais que reagiram ao vírus da doença, segundo um comunicado do Ministério da Agricultura.
Como conseqüência, o Governo decidiu manter as medidas preventivas, entre elas bloqueios sanitários nas cidades de Eldorado, Japorã e Mundo Novo, no Mato Grosso do Sul. As três cidades registraram em outubro de 2005 33 focos de febre aftosa em fazendas próximas à fronteira com o Paraguai.
O Governo decidiu isolar a região para evitar a propagação da doença e um total de 33.741 animais foram sacrificados.
Desde então, cerca de 50 países embargaram a importação da carne bovina proveniente do Brasil, que é o maior exportador mundial do produto.
As restrições se estendem a todo o país e, em alguns casos, a qualquer tipo de carne, mas a maioria vetou apenas a importação da carne bovina procedente de Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo.
“O Ministério intensificará as ações de vigilância na região e conduzirá uma nova investigação para comprovar a ausência de circulação viral”, antes de suspender as medidas preventivas, segundo o comunicado.
Após analisar amostras de sangue de 9.947 cabeças de gado em 382 fazendas da região, os exames indicaram que 214 animais de 55 fazendas ainda são reativos ao vírus que transmite a aftosa.
No entanto, 88% dos bovinos reativos tinham sido vacinados contra a febre aftosa duas vezes.
Segundo o Departamento de Saúde Animal do Ministério, os proprietários de 62% das fazendas com animais reativos desobedeceram a determinação do Governo de vacinar todos os animais.
Em 2005, o Brasil manteve sua condição de maior exportador mundial de carne bovina apesar das restrições impostas pelos importadores desde outubro com a descoberta de focos da doença no Mato Grosso do Sul.
