Dados divulgados pela empresa de segurança Kaspersky mostram que o Brasil é líder em ciberataques da América Latina. De acordo com a companhia, o país sofre 53% de todos os ataques no território. Em segundo lugar aparecem México, com 17% dos ataques, seguido pela Colômbia, com 9%.
O ransomware, ataque que “sequestra” um dispositivo e pede uma espécie de resgate para liberar documentos e aplicativos, tem se tornado, nos últimos anos, o alvo principal dos criminosos. De janeiro a agosto deste ano foram registradas 82 milhões de ameaças, 12% deles registrados somente no Brasil.
No primeiro semestre do ano foram 677 milhões de ataques, um aumento de 59% em relação ao ano passado e o correspondente a 33 ataques por segundo. A maior parte dos ataques, 85%, aconteceu utilizando as páginas da web. O restante, 15%, aconteceu com o envio de e-mails maliciosos.
Ataques offline
O país também é um dos alvos quando o assunto é o ataque offline, feito sem acesso à web, usando, por exemplo, pendrives infectados e aplicativos pirateados. Em segundo lugar aparece Honduras, com 59%, seguido por Peru, com 58%.
O analista de segurança Fábio Assolini explica que os números registrados estão dentro das expectativas. Para ele, por ser o maior país da América Latina, o Brasil possui mais pessoas conectadas e, consequentemente, mais vulneráveis aos ataques. Outra razão é o aumento no interesse por países em desenvolvimento, onde há pessoas acessando a rede pela primeira vez.