O Brasil convocou para a próxima segunda-feira (27) uma reunião extraordinária com os países membros do Mercosul para debater a crise financeira internacional. O encontro será realizado em Brasília e contará com representantes de Argentina, Paraguai, Uruguai, Bolívia e Chile.
“Há uma iniciativa do Mercosul para se reunir no Brasil (…) e debater a crise em conjunto (…) A reunião será no dia 27 de outubro, em Brasília”, disse o ministro das Relações Exteriores chileno, Alejandro Foxley, nesta segunda-feira (20).
Foxley afirmou que o encontro no Brasil servirá “mais como uma troca de informações entre os países membros do bloco econômico diante da crise financeira global do que uma oportunidade para tomar decisões em conjunto.
“Neste momento, o principal é compartilhar as informações e dar sinais de que vamos nos manter na trajetória que gerou muita estabilidade na região nos últimos 10 anos”.
A reunião foi convocada na semana passada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, cujo país ocupa a presidência rotativa do bloco.
A idéia é debater sobre os rumos e as ações do bloco –formado por Argentina, Paraguai, Uruguai e tendo Bolívia e Chile como associados– e de seus membros em relação à crise financeira.
Crescimento
No começo da semana, os ministros do Trabalho dos países-membros do Mercosul reconheceram que a crise pode afetar o crescimento regional e propuseram ações coordenadas para enfrentar ameaças como o desemprego.
Em declaração assinada nesta segunda-feira no Rio, os ministros e seus representantes pediram ações coordenadas para preservar a expansão econômica e os empregos em cada um dos países do bloco.
Os ministros do Mercosul também recomendaram que seja fortalecido o mercado regional por meio de uma maior integração entre os países-membros e evitar que a região “se transforme em uma das variáveis de ajuste para as economias que sofrem com maior força as conseqüências da crise internacional”.
Ao manifestar sua “preocupação com a grave crise no mercado financeiro e suas eventuais repercussões” nos países, os ministros assinalaram que será afetado o ritmo de crescimento econômico e estão ameaçadas as políticas de promoção de emprego, combate à pobreza e a aceleração do desenvolvimento.
O conteúdo da declaração coincide com um relatório da OIT que advertiu que a crise aumentará em 20 milhões o número de desempregados no mundo até 2009.
F.Online