Onze países da América Latina se recusaram a apoiar a decisão do Fundo Monetário Internacional nesta semana de continuar financiando a Grécia, citando riscos de não pagamento, e o FMI informou que Atenas pode precisar de um alívio da dívida mais rápido por parte da Europa.
A abstenção dos países do América Latina em relação à decisão do FMI foi revelada pelo representante brasileiro em comunicado público incomum nesta quarta-feira (31), destacando a frustração crescente nas nações emergentes com a política do Fundo de resgatar os países europeus endividados.
"Os recentes desenvolvimentos na Grécia confirmam alguns de nossos piores temores", disse Paulo Nogueira Batista, diretor-executivo do Brasil no FMI, que também representa 10 pequenos países na América Central e do Sul, e do Caribe.
"A implementação (do programa de reformas da Grécia) tem sido insatisfatória em quase todas as áres; as suposições de sustentabilidade de crescimento e dívida continuam a ser otimistas demais", acrescentou Paulo Nogueira, criticando a decisão de segunda-feira da diretoria executiva do FMI de liberar US$ 1,7 bilhão para a Grécia.
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