O Brasil vai tratar 657 mil pessoas com Hepatite C, a partir de 2018, como parte do plano apresentado nesta quarta-feira (1º), na Cúpula Mundial de Hepatites 2017, para erradicar a doença até 2030. De acordo com o Ministério da Saúde, a meta é tratar, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), todos os pacientes diagnosticados e apresentar novas iniciativas para testar o máximo de pessoas.
As prioridades serão as pessoas com quadros mais graves da doença. Atualmente, apenas essas são elegíveis para tratamento no SUS e, com o plano de eliminação, todos os diagnosticados serão atendidos, independentemente do grau. Esse plano, de acordo com o ministro da Saúde, Ricardo Barros, já está em andamento.
“Atualmente, dos 155 mil pacientes notificados, metade já foram ou estão em tratamento. Além disso, iremos aumentar a testagem e o diagnóstico da doença em toda a população.” No próximo ano, segundo Barros, serão distribuídos 12 milhões de testes para diagnóstico da Hepatite C.
Em 2016, o Brasil registrou 42,8 mil casos de hepatites virais. Em todo o mundo, são mais 1 milhão de mortes por ano. Até o fim de 2017, o Governo do Brasil vai oferecer um novo tratamento para os pacientes, que oferece possibilidade de cura superior a 90%.
“O Ministério da Saúde comprará tratamentos, e não medicamentos. Os laboratórios terão o preço máximo de US$ 3 mil por tratamento, metade do valor pago atualmente. Portanto, iremos ampliar o acesso aos medicamentos com um custo muito menor”, destacou o ministro Ricardo Barros.
Dados globais
De acordo com informações do Ministério da Saúde, em todo o mundo, cerca de 3 milhões de pessoas obtiveram tratamento para hepatite C nos últimos dois anos e, em 2016, mais 2,8 milhões de pessoas iniciaram o tratamento para a hepatite B.
Entre 2015 e 2016, houve um aumento do número de pacientes tratados: no ano passado, 1,76 milhão de pessoas foram tratadas para a hepatite C, um aumento significativo em comparação às 1,1 milhão atendidas no ano anterior. Com relação à Hepatite C, em 2016, 2,8 milhões de pessoas começaram o tratamento e, em 2015, 1,7 milhão.
Fonte: Governo do Brasil, com informações do Ministério da Saúde