As preocupações com a situação das economias da Grécia e Espanha voltaram a assombrar os mercados nesta segunda-feira, fazendo a Bovespa retroceder ao nível dos 53 mil pontos, com direito a cravar a mínima intraday do ano, durante a manhã. Além disso, dúvidas sobre a magnitude da desaceleração chinesa ajudaram a aumentar a aversão ao risco, afetando diretamente blue chips de peso no principal índice da Bolsa, como Petrobras e Vale.
O Ibovespa encerrou a sessão desta segunda-feira em baixa de 2,14%, aos 53.033,96 pontos, menor pontuação desde 28 de junho (52.652,25). Na mínima, o índice caiu 3,66%, aos 52.213 pontos, enquanto, na máxima, marcou 54.183 pontos (-0,02%). Com isso, a Bovespa acumula perda de 2,43% no mês de julho, e desvalorização de 6,55% no ano. O giro financeiro somou R$ 5,400 bilhões.
Câmbio
No mercado cambial, o real subiu 0,92% frente ao dólar, moeda que fechou com uma cotação de R$ 2,042 para venda na taxa de câmbio comercial.
Ações em destaque
Na esteira da queda do preço do petróleo nos mercados internacionais, as ações ON da Petrobras recuaram 1,52%, enquanto as PN perderam 1,15%. Com as preocupações sobre a demanda global pela commodity, os contratos de petróleo com entrega em setembro na New York Mercantile Exchange (Nymex) despencaram 4,02%, a US$ 88,14 o barril.
Pressionados pelas notícias divulgadas durante o dia que mostraram a fragilidade da zona do euro e pelo receio de uma desaceleração mais forte da economia chinesa, os contratos futuros de metais básicos fecharam todos em queda hoje na London Metal Exchange (LME), o que se refletiu nos preços das ações ON e PNA da Vale, que encerraram o dia com desvalorização de 2,36% e 2,64%, respectivamente.
Dados ruins
No noticiário desta segunda-feira, os dados ruins vieram de toda parte. Na Espanha, o custo do seguro da dívida do país contra default bateu novos recordes em meio às crescentes preocupações com a situação dos governos central e regionais do país.
A Grécia também voltou ao foco dos mercados, depois que o Fundo Monetário Internacional (FMI) sinalizou para a União Europeia que não participará mais da ajuda financeira ao governo grego, o que significa que o país pode ficar sem dinheiro em setembro.
Na China, o conselheiro do Banco Central chinês (PBOC), Song Guoqing, previu um crescimento de 7,4% do PIB da China neste trimestre, depois de uma alta de 7,6% da economia do país no trimestre passado, configurando o sexto período seguido de desaceleração.
F: Ig