A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) acompanha a recuperação vista nos mercados europeus e americanos.
Enquanto as Bolsas de Londres e de Nova York mostram valorização de 1% e 0,36%, respectivamente, o “termômetro” do mercado brasileiro, o índice Ibovespa, sobe apenas 0,05%, na marca dos 55.573 pontos. O giro financeiro também mostra a falta de entusiasmo do investidor: R$ 2,57 bilhões, abaixo dos R$ 3 bilhões usualmente registrados para o horário.
O foco continua a ser a crise europeia. De um lado, uma parcela dos participantes da Bolsa confia que as autoridades políticas e econômicas do velho continente devem chegar a algum consenso que evite o “default” (calote) da Grécia, o que poderia precipitar uma crise de confiança na região. Mas outro grupo de agentes financeiros está bastante pessimista e prefere correr dos ativos de maior risco, como ações, para “portos seguros” como o dólar.
Em um reflexo do nervosismo ainda dominante nos mercados, a taxa de câmbio doméstica sobe 1%, batendo a cotação de R$ 1,731, a maior desde novembro de 2010.
A taxa de risco-país marca 228 pontos, número 0,88% acima da pontuação anterior.
Pela manhã, os mercados reagiram moderamente ao rebaixamento dos “ratings” (nota de risco de crédito) dos bancos franceses Crédit Agricole e Société Générale pela agência Moody”s.
Para justificar essa decisão, a Moody”s cita o fato de que uma dessas instituições financeiros tem muito capital aplicado em títulos da dívida grega. O país mediterrâneo se encontra numa situação financeira bastante delicada, e boa parte dos agentes financeiros acredita que é somente uma questão de dias para que anuncie um “default” (suspensão de pagamentos).
Pouco mais tarde, dois indicadores econômicos importantes dos EUA frustraram as expectativas do mercado.
O índice de preços PPI (preços no setor atacadista) mostrou variação nula em agosto ante uma alta de 0,2% em julho. Economistas do setor financeiro, porém, projetavam uma deflação de 0,1%.
Além disso, as vendas do setor varejista não apresentaram crescimento relevante no mês passado, contra expectativas de um crescimento de pelo menos 0,2% para o período.