Ataque acontece após o presidente russo, Vladimir Putin, informar pela que seu exército tomou 47 cidades e povoados desde o início de 2024
Em visita à França, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, fez um apelo a seus para que “façam mais” para apoiar Kiev frente à invasão russa, durante uma visita à França na qual seu contraparte americano, Joe Biden, comunicou uma nova ajuda. “Vivemos em uma época em que a Europa já não é um continente de paz” devido à invasão russa na Ucrânia, declarou Zelensky na Assembleia Nacional francesa (Câmara Baixa), um dia após participar das comemorações dos 80 anos do Desembarque dos aliados na Normandia, durante a Segunda Guerra Mundial. O presidente ucraniano traçou um panorama no qual “novamente na Europa as cidades são completamente destruídas e as cidades, incendiadas”, e descreveu o seu homólogo russo, Vladimir Putin, como um “inimigo comum” da Ucrânia e do continente europeu. Nos últimos meses, Kiev pediu de forma reiterada que seus aliados ocidentais aumentassem o seu apoio militar diante do avanço de Moscou no leste e no norte da Ucrânia.
Nesta sexta, o presidente Joe Biden comunicou ao homólogo ucraniano uma nova ajuda dos Estados Unidos por US$ 225 milhões (R$ 1,18 bilhão de reais na cotação atual). “Os Estados Unidos sempre estarão com vocês”, disse Biden durante um encontro em Paris com Zelensky, que agradeceu ao “grande apoio” de Washington em sua guerra de defesa contra a invasão russa. “Vocês não se curvaram, não cederam”, disse Biden, que ofereceu suas “desculpas” pelos meses de negociações que precederam a complicada adoção pelo Congresso dos EUA de um pacote de ajuda de US$ 61 bilhões à Ucrânia. De acordo com uma declaração do Pentágono, o anúncio de sexta-feira inclui mísseis para defesa antiaérea, munição para o sistema de lançamento de foguetes Himars, projéteis e mísseis de artilharia e granadas.
Biden e Zelensky se encontraram na França por ocasião das cerimônias de celebração dos 80 anos do Desembarque da Normandi. O presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou o envio de caças Mirage-2000 e o treinamento de pilotos ucranianos na França nos próximos meses. Macron também indicou que a França propôs treinar 4.500 soldados em território ucraniano. O Kremlin respondeu acusando a França de estar “disposta a participar diretamente no conflito” na Ucrânia.
*Com informações da AFP-JovemPan