Na Bolsa de Tóquio, a segunda maior do planeta, o índice Nikkei terminou a sessão de quarta-feira com um retrocesso de 2,92%, uma baixa de 501,95 pontos, a 16.676,89. O índice ampliado Topix perdeu 50,49 pontos (-2,93%), a 1.674,94 unidades.
O movimento de correção se propagou imediatamente a toda a região. Seul fechou em baixa de 2,00%, Sydney de 2,10%, Wellington de 1,29%, Taipé de 1,48% e Manila de 3,38%.
Na China, a Bolsa de Xangai encerrou o dia em queda de 1,97%. Em Hong Kong, o índice Hang Seng registrou baixa de 2,57%, perdendo 496,21 pontos a 18.836,93 unidades.
A queda em cadeia das bolsas asiáticas foi uma conseqüência direta da baixa em Nova York na terça-feira, onde o índice Dow Jones perdeu 1,97% e o Nasdaq 2,15%, por causa das inquietações provocadas pelo setor de empréstimos imobiliários de alto risco nos Estados Unidos.
Os empréstimos hipotecários de alto risco que não foram saldados chegaram a seu maior nível dos últimos quatro anos nos Estados Unidos.
Esta nova crise nos mercados asiáticos acontece duas semanas depois da turbulência provocada em 27 de fevereiro peal Bolsa de Xangai, que na data fechou em queda de 8,84%, resultado das especulações sobre possíveis manobras governamentais para tentar evitar uma bolha na economia chinesa.
O rendimento dos bônus e os preços dos metais caíram também. Investidores que ainda estão digerindo fortes perdas sofridas há duas semanas fizeram as ações no Japão caírem quase 3%, na segunda maior queda percentual em dia do ano.
As bolsas de valores nos EUA caíram 2% na terça-feira, atingidas por perdas crescentes das ações de financeiras subprime, que aceitam empréstimos com riscos maiores no mercado imobiliário, e por causa de fraqueza nas vendas do varejo do país.
O rendimento do bônus de 10 anos do governo japonês caiu para o menor nível em dois meses e meio por causa da preocupação que os problemas do setor subprime de hipotecas dos EUA possa atingir a economia de forma mais ampla. Com isso, os investidores preferiram abandonar ações e buscar ativos mais seguros como os títulos do governo.
O petróleo operava no patamar de US$ 58 o barril, depois de cair fortemente na terça-feira por causa da economia norte-americana. O cobre e o ouro recuaram mais depois que a aversão a risco se espalhou pelos mercados de commodities.
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