Para garantir o reajuste de 10% no benefício Bolsa-Família, o governo terá de reforçar o Orçamento deste ano. O reajuste, que será anunciado hoje pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e terá validade a partir de setembro, custará mais R$ 400 milhões em 2009.
Mas o pedido de suplementação orçamentária, que será encaminhada ao Congresso, será maior. No fim de janeiro, o Ministério do Desenvolvimento Social aumentou de R$ 120 para R$ 137 a renda máxima per capita da família para ter direito ao benefício. Com isso mais famílias passaram a receber os recursos do programa.
O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse ontem que o governo ainda calcula o valor necessário para cobrir as duas mudanças. Segundo ele, a ampliação do número de famílias com direito ao benefício não foi imediata porque as prefeituras tiveram de atualizar cadastros. Por isso, o reforço orçamentário só será necessário no fim do ano.
“Nós vamos ter uma defasagem no orçamento. Estamos calculando o valor. Depois, vamos mandar (um projeto de suplementação) para o Congresso até o fim do ano.” A previsão orçamentária para 2009 é de R$ 11,9 bilhões. Apesar do aumento dos gastos públicos, Bernardo defendeu o reajuste do benefício, que atualmente varia de R$ 20 a R$ 182.