A boa oferta de produtos agrícolas e as elevações menos expressivas menores na energia elétrica, telefonia e combustíveis foram alguns dos elementos que influenciaram no resultado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2006. O indicador subiu 3,14% no período, ou 2,55 pontos percentuais inferior à marca de 2005, quando a inflação foi de 5,69%.
Além de ser a menor taxa registrada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) desde 1998, acabou abaixo do centro da meta de inflação fixada pelo governo para 2006.
“A redução na taxa foi determinada pela boa oferta de produtos agrícolas, a influência do câmbio e menores aumentos na energia elétrica, telefonia e combustíveis. Os itens que exerceram maior pressão no resultado do ano foram planos de saúde (12,30%), colégios (6,79%), tarifas dos ônibus urbanos (8,11%) e salários dos empregados domésticos (10,73%)”, sublinhou o instituto em nota. “Com altas pontuais, 2006 evidenciou um histórico de convergência para a estabilidade de preços”, acrescentou.
No último calendário, a região metropolitana de Belo Horizonte (4,96%) registrou o maior IPCA, em decorrência da elevação nos alimentos (4,31%), nas taxas de água e esgoto (10,24%), no gás de botijão (11,03%) e na energia elétrica (6,33%), fora o acréscimo visto no condomínio, nos ônibus urbanos e nos combustíveis.
Em contrapartida, o menor índice coube a Curitiba (2,50%), que acabou perto daquele apurado por Goiânia (2,58%). Em São Paulo, o IPCA situou-se em 2,63%. No Rio de Janeiro, o indicador atingiu 4,01%.
(Valor Online)