NetBlock, um serviço de monitoramento do acesso à internet, revelou um “colapso da conectividade na Faixa de Gaza” nesta sexta-feira, 27
O bloqueio quase total às telecomunicações em Gaza cria o perigo de acobertar “atrocidades maciças”, advertiu, nesta sexta-feira, 27, a organização Human Rights Watch (HRW), enquanto Israel bombardeia incessantemente o território palestino. “Este bloqueio informacional cria o risco de acobertar atrocidades maciças e contribuir para a impunidade de violações dos direitos humanos”, disse Deborah Brown, pesquisadora da HRW sobre tecnologia e direitos humanos, em comunicado. Por sua vez, a Anistia Internacional (AI) assegurou ter perdido contato com seu pessoal em Gaza. “Este corte das comunicações significa que será ainda mais difícil obter informações e provas essenciais sobre as violações de direitos humanos e os crimes de guerra cometidos contra civis palestinos em Gaza e ouvir diretamente aqueles que sofreram as violações”, apontou a AI. O NetBlock, um serviço de monitoramento do acesso à internet, revelou um “colapso da conectividade na Faixa de Gaza”. Segundo a agência da ONU (Organização das Nações Unidas) para assuntos humanitários, OCHA, várias entidades das Nações Unidas perderam contato com suas equipes em Gaza.
As operações humanitárias e os hospitais “não podem continuar sem comunicação”, alertou Lynn Hastings, coordenadora da OCHA, em nota. O Crescente Vermelho palestino também anunciou no X (antigo Twitter) que “perdeu contato com seu centro operacional e todas as equipes na Faixa de Gaza, devido ao corte das comunicações sem fio, de telefonia celular e internet pelas autoridades israelenses”. “As perturbações afetam o número da central de emergências 101 e dificultam o atendimento das ambulâncias aos feridos” em meio aos ataques, acrescentou o Crescente Vermelho, que se mostrou “profundamente preocupado” com a capacidade de seus médicos continuarem oferecendo assistência e pela segurança de seu pessoal.
*Com informações da AFP-JovemPan