domingo, 22/12/2024
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Blocos de SP migram do aquecimento ao calendário oficial do Carnaval

Cada vez maior, o Carnaval paulistano aos poucos vai perdendo o medo de apostar nas datas que antes deixavam a cidade esvaziada. Se o pr&eacute-Carnaval em S&atildeo Paulo continua forte e com uma grande concentra&ccedil&atildeo de blocos, os dias oficiais do feriado agora come&ccedilam a ferver tamb&eacutem.

O p&aacutereo &eacute equilibrado na regi&atildeo central, onde at&eacute agora est&atildeo confirmados 45 blocos no pr&eacute-Carnaval -no fim de semana dos dias 18 e 19 de fevereiro e na semana seguinte-, e 49 durante o feriado, de 24 a 28. Em Pinheiros, os dias que antecedem a folga ainda ganham: s&atildeo 48 blocos ante 30 no Carnaval.

No total, foram cadastrados 495 blocos em SP. O n&uacutemero de confirmados ainda n&atildeo foi divulgado pela prefeitura. Se todos eles desfilarem, esse n&uacutemero representar&aacute um acr&eacutescimo de 30% desde o ano passado, ou quase o dobro do n&uacutemero de grupos que sa&iacuteram dois anos atr&aacutes, 259.

Essa explos&atildeo est&aacute fazendo S&atildeo Paulo abandonar o medo de perder foli&otildees para o Carnaval do Rio, por exemplo, com novos blocos escolhendo sair durante o feriado e antigos migrando de data.

O Ritaleena, que reuniu quase 10 mil pessoas na rua dos Pinheiros (zona oeste) em 2016, por exemplo, vai ampliar o n&uacutemero de desfiles: al&eacutem da sa&iacuteda no aquecimento, sair&aacute tamb&eacutem no domingo de Carnaval na Vila Mariana (zona sul). &quotEsse ano estamos apostando em sair no Carnaval tamb&eacutem porque o pr&eacute ficou muito concorrido&quot, diz Alessa Camarinha, 33, uma das fundadoras.

Para ela, o p&uacuteblico est&aacute mais interessado em ficar em S&atildeo Paulo durante o feriado.

Tanto que um de seus maiores blocos, o Acad&ecircmicos do Baixo Augusta, que sai tradicionalmente no domingo pr&eacute-Carnaval -e que no ano passado levou 180 mil pessoas &agrave rua da Consola&ccedil&atildeo e esse ano espera levar 300 mil- pretende promover pela primeira vez atividades no pr&oacuteprio feriado, segundo um de seus fundadores, Alexandre Youssef.

&quotO ressurgimento de Carnaval de rua em S&atildeo Paulo come&ccedilou mais no pr&eacute-Carnaval para atrair o interesse do p&uacuteblico que estava acostumado a viajar. Com seu crescimento absurdo, novos blocos passaram a ocupar tamb&eacutem o espa&ccedilo do Carnaval&quot, afirma Youssef. A tend&ecircncia, avalia, &eacute que esse movimento se equalize no ano que vem.

Menos tradicional e bastante focado no p&uacuteblico universit&aacuterio -quase como uma festa de faculdade-, o Ma-que-Bloco (refer&ecircncia &agrave Universidade Mackenzie), que antes sa&iacutea s&oacute no p&oacutes-Carnaval, agora sair&aacute no s&aacutebado do feriado. &quotAcrescentamos mais uma data porque acreditamos que vamos conseguir atrair mais p&uacuteblico&quot, diz um organizador, Andr&eacute Neves, 23.
O Ramaloucos, grupo menor que em 2016 n&atildeo conseguiu sair no pr&eacute por falta de p&uacuteblico -e concorr&ecircncia com os demais blocos da data-, migrou para o s&aacutebado, 24.

No ano passado, os organizadores do Domingo Ela N&atildeo Vai, festa novata que estourou, escolheram sair no domingo de Carnaval justamente porque &quotera um dia mais tranquilo de blocos&quot, segundo Alberto Pereira Jr., 30.

No centro, onde seu bloco sai, o n&uacutemero de cord&otildees antes e durante o Carnaval &eacute mais equilibrado do que na zona oeste, &quottalvez pelo poder aquisitivo&quot, sugere o prefeito regional de Pinheiros, Paulo Mathias. Ou seja, mais moradores de Pinheiros -e at&eacute organizadores de blocos-viajam no Carnaval, concentrando as celebra&ccedil&otildees no pr&eacute.

J&aacute o centro, com moradores viajando menos, &eacute precursor na consolida&ccedil&atildeo dos blocos durante o feriado oficial.

Com a multiplica&ccedil&atildeo de cord&otildees, diversos deles quiseram marcar sa&iacutedas nos mesmos dias e mesmos trajetos, diz o secret&aacuterio municipal de Cultura, Andr&eacute Sturm. A prefeitura, segundo ele, fez um esfor&ccedilo para desconcentrar os blocos em mesmas datas.

&quotO ideal &eacute que o Carnaval crescesse durante o feriado, quando h&aacute menos tr&acircnsito na cidade e mais pessoas poderiam vir, tornando o evento efetivamente um de turismo.&quot

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Fonte:Folha de S&atildeo Paulo/UOL

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Parmenas Alt
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A estrada é longa e o tempo é curto. Não deixe de fazer nada que queira, mas tenha responsabilidade e maturidade para arcar com as consequências destas ações.
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