O primeiro-ministro britânico Tony Blair começou nesta terça-feira, na Líbia, a sua última viagem oficial para a África antes de deixar o cargo.
Blair encontrou-se com o presidente da Líbia, Muamar Khadafi, em uma tenda no deserto que fica próximo a Sirte, a cidade natal do líder líbio.
Na véspera da viagem de Blair ao país, a multinacional British Petroleum anunciou que vai voltar a investir na Líbia, o que mostraria “os benefícios da reintegração”.
Blair, que já havia se encontrado com Khadafi em 2004, disse que os dois têm “relações muito boas”, mesmo que a Líbia tenha sido considerada “um pária na comunidade internacional”.
“Relação produtiva”
Em 2003, após esforços diplomáticos do Reino Unido e dos Estados Unidos, a Líbia anunciou que abandonaria suas ambições de desenvolver armas nucleares.
“Nossa relação com a Líbia foi completamente transformada e é agora uma relação completamente produtiva para nós.”
Blair prometeu anúncios sobre “uma série de medidas de cooperação futura no combate ao terrorismo e sobre contratos comerciais”.
Viagem
Após a parada na Líbia, o primeiro-ministro britânico segue para Serra Leoa, para onde o Reino Unido enviou tropas no começo do mandato de Blair. De lá, ele viaja para a África do Sul.
O governo sul-africano anunciou que Blair vai conversar com o presidente Thabo Mbeki e que fará no país um pronunciamento importante sobre política externa.
De acordo com o porta-voz de Blair, a viagem deve “mostrar que nós precisamos continuar nos reengajando na África como um todo”.
Ele disse que Serra Leoa está próxima da primeira eleição desde a saída de tropas da ONU e que “isso só é possível por causa do engajamento contínuo de países como o nosso”.
De acordo com ele, a África do Sul é um importante ator no continente e também um integrante do Conselho de Segurança da ONU e, portanto, “uma voz ainda mais importante em assuntos como mudanças climáticas, e também em temas regionais como Darfur”.
Darfur deve estar na agenda de Blair durante a viagem aos três países. Nesta terça-feira, o governo britânico manifestou apoio a novas sanções anunciadas contra o Sudão pelo presidente americano, George W. Bush.