O Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV-MT) em conjunto com o Conselho Federal de (CFMV) realizou na semana passada (12/11) uma visita técnica no biotério da Unic, acompanhada pelo conselheiro Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (CONCEA), Roberto Lopes de Souza. O CONCEA é um órgão de instância colegiada, vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. A visita faz parte de um acordo de cooperação técnica para a fiscalização de biotérios que utilizam animais para as atividades de ensino ou pesquisa científica.
As visitas, definidas por sorteio, estão sendo realizadas pelos conselhos federais em cada estado. Em Mato Grosso, o biotério sorteado foi o da Universidade de Cuiabá, onde são criados ratos e camundongos. De acordo com Lázaro de Camargo, médico veterinário responsável técnico do biotério, a universidade segue todas as normas para o uso desses animais para aulas práticas e experimentos. “Toda ação tem acompanhamento de médico veterinário e o bem-estar do animal é sempre observado”, explica.
Foto: Assessoria
A médica veterinária Cristiane Silva Campos, do CRMV-MT, explica que essa primeira visita aos viveiros tem caráter orientativo. “As inspeções que estão sendo feitas servirão para ajudar na criação de uma normativa nacional desses biotérios”, comenta. Cristiane vistoriou os locais em relação à qualidade sanitária, higienização, alimentação dos animais, bem como o descarte após o uso. Também foi verificado o uso de equipamento de proteção individual (EPI) pelos funcionários além, da verificação de toda a documentação exigida pelo conselho.
Para o conselheiro do CONCEA, Roberto Lopes de Souza, as visitas que estão acontecendo nos biotérios deverão auxiliar as Comissões de Ética no Uso de Animais (CEUAs), que são quase quinhentas no Brasil, na normatização dos biotérios. Uma discussão será aprofundada no final deste mês em Brasília (DF) durante o II Simpósio CONCEA. “O órgão quer normatizar o uso de animais para pesquisas que variam de acordo com cada biotério”, explica o conselheiro. “Há desde animais como ratos e camundongos a cobras e serpentes, no Instituto Butatan, no Rio de Janeiro e primatas, no Instituto Evandro Chagas, no Pará”, finaliza.
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