Presidente dos EUA considera uma ‘ameaça nuclear’ com tensões entre Ucrânia e Rússia
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse nesta quinta-feira, 07, que o mundo está mais perto do Armagedom do que jamais esteve desde a crise dos mísseis cubanos de 1962, no auge da Guerra Fria. “Pela primeira vez desde a crise dos mísseis cubanos, temos a ameaça de uma arma nuclear se as coisas continuarem do jeito que estão agora”, declarou Biden em um evento de arrecadação de fundos organizado pelo Partido Democrata no estado de Nova York. O presidente americano indicou que Vladimir Putin está em uma situação em que é difícil encontrar uma saída – especialmente após os últimos reveses militares na Ucrânia – e que provavelmente está à procura de soluções que lhe permitam livrar a cara. Biden comentou ainda que o conhece “muito bem” e que sabe que não estava brincando quando disse que poderia usar armas nucleares táticas ou biológicas, uma vez que suas Forças Armadas estão mostrando um nível inferior ao esperado. “Eu não acho que você possa usar armas nucleares táticas sem acabar no Armagedom”, comentou o presidente. A crise dos mísseis data de outubro de 1962, quando os EUA descobriram no dia 15 daquele mês que a União Soviética havia instalado 42 mísseis em Cuba com ogivas nucleares de médio alcance apontadas para seu território.
A devolução da base de Guantánamo, o levantamento do embargo financeiro e o fim das ações de subversão e propaganda ideológica, atos de pirataria na costa cubana e sabotagem foram os pontos que o então líder cubano, Fidel Castro -falecido em 2016 -, levou à negociação. À beira de um confronto nuclear, o então presidente dos EUA, John F. Kennedy, e o então líder soviético, Nikita Khrushchev, negociaram uma solução para a crise contra o relógio por meio de uma troca de cartas entre 25 e 28 de outubro de 1962. Os cubanos praticamente souberam do acordo pela imprensa, apesar de o entendimento incluir o desmantelamento e a retirada dos mísseis de seu território – juntamente com a retirada de 56 mísseis americanos localizados no Irã e na Turquia, perto da fronteira sul da União Soviética.
EFE-JovemPan