Para os belgas, o confronto de amanhã tem um aspecto de revanche. Até hoje, os jogadores não esquecem do duelo de 2002, o único entre os dois times na história das Copas. Apesar de o Brasil ter vencido por 2 a 0, muitos torcedores e jornalistas destacam a partida das oitavas de final como a mais difícil na campanha do penta. Um lance em especial incomoda os belgas. Ainda na primeira etapa, com o jogo 0 a 0, uma decisão da arbitragem causou polêmica.
Aos 35 minutos, o atacante Marc Wilmots, que seria técnico da equipe, marcou de cabeça. Sem uma explicação coerente, o árbitro jamaicano deu falta do atacante no zagueiro Roque Júnior e anulou o gol, causando muita revolta entre os belgas.
“A única coisa de que todos os belgas se lembram é da cabeçada de Marc Wilmots. É difícil não lembrar. Claro que há muitas coisas que envolvem uma partida de futebol na Copa, mas, quando você é criança, esse é o tipo de coisa que marca”, afirmou o zagueiro Vincent Kompany em entrevista concedida ontem em Moscou.
Para o lateral-direito Thomas Meunier, aquele gol teria mudado a história do jogo. “Estávamos fazendo uma grande partida. Se fizéssemos o primeiro gol, sairíamos com a vitória.”
Quando a Bélgica estava mais perto de fazer o primeiro, o Brasil abriu o marcador graças à individualidade e talento de Rivaldo. Com a vantagem, a equipe de Felipão se tranquilizou para fazer o segundo com Ronaldo, faltando quatro para o fim.
Essa “sede de vingança” não deve fazer a Bélgica mudar seu comportamento em campo, disse o beque. “Vamos atacar, seremos fiéis ao nosso estilo de jogo. Jamais seremos camicases.”
O defensor do Manchester City afirma que o confronto é uma espécie de final antecipada da Copa da Rússia. “Eu preferiria que fosse a final, sendo honesto. Sabíamos que, terminando em primeiro em nosso grupo, pegaríamos o caminho mais duro. Preferiríamos que fosse na final, mas esta é a final para nós”, disse Kompany.
Fonte:Terra