Café: vilão ou mocinho?
É fato que alimentação balanceada e sono regulado são essenciais para o desenvolvimento saudável de qualquer criança. A culinária diversificada do Brasil é aliada nesse processo. Por outro lado, alguns de seus componentes mais conhecidos podem gerar dúvida: é o caso do tradicional cafézinho. Afinal, ele faz bem ou mal às crianças?
Café: vilão ou mocinho?
Afinal: o café faz bem ou mal às crianças? (Fonte: Pexels)
Assim como nos adultos, no organismo infantil o café funciona como estimulante e pode, portanto, atrapalhar o período de descanso. Enquanto dormem, os pequenos realizam processos de fortalecimento muscular e crescimento.
A ingestão de cafeína também afeta diretamente a absorção de nutrientes importantes como ferro e cálcio. O primeiro é responsável por oxigenar o sangue –sua deficiência pode causar anemia– e o segundo por formar dentes e ossos.
O café, no entanto, também tem seu lado bom: minerais, vitaminas e antioxidantes fazem parte da substância. Ele pode, inclusive, ser usado em momentos estratégicos: alguns minutos antes do estudo, por exemplo, contribui com o foco e a concentração.
Além disso, existem outros alimentos que são fontes de cafeína e mais prejudiciais do que o café. Chocolates e refrigerantes, por exemplo, têm excesso de açúcar e conservantes e podem causar dores de cabeça ou no sistema digestivo e, a longo prazo, até mesmo doenças crônicas como diabetes.
Quais são as regras para crianças que gostam de café?
Café pode fazer parte da rotina de crianças e adolescentes com moderação. (Fonte: Pexels)
Até os dois anos, é recomendado por especialistas que o café seja totalmente restrito do cardápio. A partir dos seis, uma xícara por dia é uma média considerada equilibrada. O melhor cenário para que o consumo seja liberado é ao final da adolescência, quando o sistema nervoso já está completamente formado.
Vale lembrar que a escolha pelo descafeinado ou a substituição por chás é sempre recomendada. Outra atenção importante deve ser dada ao horário de consumo: até as 16h, no máximo. Dessa forma, o pico de energia gerado não afeta o sono.
Como em qualquer dieta saudável, na alimentação das crianças o equilíbrio é a chave para decidir quais alimentos e em quais quantidades devem ser ingeridos. A curiosidade por experimentar novos sabores não deve ser ignorada, mas elas ainda vão ter muito tempo para apreciar deliciosos cafés.
Fonte: Mega Interessante