O Banco Central poderá colocar mais R$ 100 bilhões na economia por meio de novas mudanças nas regras do recolhimento compulsório feito pelos bancos.
O compulsório é a parcela do dinheiro depositado pelos clientes que os bancos precisam recolher junto ao BC. Esse mecanismo ajuda a autoridade monetária a controlar a quantidade de dinheiro que circula na economia.
O BC irá analisar novas alterações no recolhimento sobre depósitos a prazo, sobre os depósitos interfinanceiros (leasing) e sobre a exigibilidade adicional. Hoje, a alíquota para esses três tipos de depósito é de 15%, 15% e 5%, respectivamente.
Segundo o BC, as mudanças serão anunciadas posteriormente, se houver necessidade e podem chegar a R$ 100 bilhões. Nas últimas semanas, o BC fez outras três alterações no compulsório que representaram, juntas, a liberação de outros R$ 60 bilhões na economia.
Em agosto, o BC havia recolhido cerca de R$ 260 bilhões em todas as modalidades de compulsório.
“A diretoria do Banco Central do Brasil decidiu hoje implementar um programa de liberação integral dos recolhimentos compulsórios sobre depósitos a prazo, sobre os depósitos interfinanceiros e sobre a exigibilidade adicional de depósitos à vista e a prazo, no total de R$ 100 bilhões. As liberações serão efetuadas de acordo com as necessidades de liquidez dos mercados”, diz o BC em nota.
A mudança no compulsório é uma tentativa de disponibilizar mais dinheiro para que os bancos possam emprestar uns para os outros e para empresas. Com a piora na crise financeira nos EUA, os bancos pequenos no Brasil, em especial, vêm enfrentando dificuldades para conseguir dinheiro no exterior.
F.Online