domingo, 22/12/2024
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Bandidos usam celular para extorquir

Uma nova onda da extorsão via celular com a exigência da compra de cartões para celulares assola a Capital. Os criminosos ligam para usuários de celulares exigindo entre R$ 200 e R$ 1 mil em cartões para abastecer celulares com a tecnologia GSM.

A Gerência de Inteligência da Polícia Civil (Gip) descobriu que são ligações vindas de presídios e não descarta a hipótese de serem bandidos ligados a organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) de São Paulo.

Nos últimos 40 dias, cerca de 30 queixas foram registradas na Delegacia Metropolitana da Capital, mas o número pode ser maior porque algumas vítimas nem sequer levam o caso ao conhecimento da Polícia. a maior parte das extorsões não foi consumada. As vítimas relatam que as ligações são feitas com DDD de outro Estado, principalmente do Nordeste, e até um policial já recebeu uma ligação dos criminosos.

Somente anteontem, foram cinco tentativas de extorsão com duas queixas registradas. De acordo com o registro de duas vítimas, uma pessoa ligou dizendo que um parente dela tinha sido seqüestrado e exigia o resgate. Este podia ser pago em cartões telefônicos, mas as duas quase vítimas descobriram o golpe a tempo. As duas tentativas de extorsão ocorreram num intervalo de poucas horas.

Por volta das 14h30min, a esposa de um engenheiro florestal recebeu uma ligação em seu celular de um homem informando que o marido tinha sido seqüestrado e exigia o resgate de R$ 2 mil em cartões telefônicos.

A esposa da vítima estava providenciando a compra dos cartões, mas por sorte o marido ligou para a casa, permitindo que ela constatasse que se tratava de um golpe. “Fiquei assustada. Meu marido estava trabalhando e com o carro estacionado na frente do prédio”, disse a mulher a policiais da Delegacia Metropolitana da Capital.

Duas horas depois, um funcionário público recebeu uma ligação de um homem se passando por policial. Este dizia estar com um parente da vítima preso numa blitz. Como a vítima não entendeu a informação, a pessoa foi direta ao assunto. Disse ser um bandido e exigia o pagamento de R$ 1 mil em cartões. Como a vítima não tinha a quantia exigida, baixou o valor para R$ 20 em cartões telefônicos.

“Era para passar o código do cartão para um telefone GSM e depois jogá-lo no esgoto. Claro que não fiz nem uma coisa e nem outra, pois percebi que se tratava de um golpe”, disse o funcionário público.

Para a Gerência de Inteligência da Polícia Civil, o número do DDD de origem da ligação nem sempre significa que o criminoso esteja falando daquela cidade. “São, na maioria das vezes, telefones clonados. Os criminosos podem estar no Carumbé ou Pascoal Ramos”, explicou um policial.

DC

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Parmenas Alt
Parmenas Alt
A estrada é longa e o tempo é curto. Não deixe de fazer nada que queira, mas tenha responsabilidade e maturidade para arcar com as consequências destas ações.
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