A cotação do barril do petróleo ultrapassou os US$ 110 e está no patamar mais elevado da história. Ainda assim, o Banco Central avalia que os preços da gasolina e do gás de cozinha (bujão) não sofrerão aumentos no decorrer do ano. O cenário já contempla as incertezas em relação ao preço dessa commodity.
“Cabe assinalar, entretanto, que, independentemente do comportamento dos preços domésticos da gasolina, deve-se reconhecer que a elevação consistente dos preços internacionais do petróleo se transmite à economia doméstica tanto por meio de cadeias produtivas, como a petroquímica, quanto pela deterioração que termina produzindo nas expectativas de inflação dos agentes econômicos”, afirma a ata do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central.
Ontem, a cotação do barril de petróleo chegou a US$ 110,20 e fechou cotado a US$ 109,92, novo recorde histórico. No último dia 5, quando foi concluída a última reunião do Copom, a commodity alcançou a cotação de US$ 104,64 –maior nível até então. Hoje, às 9h44 (horário de Brasília), o petróleo para entrega em abril era negociado a US$ 109,99 na Nymex (Bolsa Mercantil de Nova York, na sigla em inglês).
O documento alerta ainda sobre a elevação do preços de outras commodities, como grãos, e que “investidores internacionais estariam montando posições em commodities para se proteger do risco de aceleração inflacionária”.
Eletricidade e telefone
Para as tarifas de energia elétrica, a previsão de reajuste neste ano foi reduzida de 3,4% para 1,1%.
Já para a telefonia fixa, o Copom espera que os preços subam 3,5% neste ano, mesma previsão da última ata.
A projeção de reajustes para o conjunto de preços administrados para 2008 caiu para 4%, contra os 4,2% previstos anteriormente. Para 2009, eles passaram de 4,2% para 4,5%.
F.on.Line