Bancários ligados a 148 sindicatos em todo o País decidiram entrar em greve por tempo indeterminado a partir desta quarta-feira para forçar os bancos a aceitar uma pauta de reivindicações salariais e de benefícios exigida pela categoria, informou na terça-feira o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.
“A greve terá alcance nacional e atingirá praticamente todo o País, praticamente todas as capitais”, disse por telefone uma assessora de imprensa da entidade.
Em São Paulo, a decisão foi tomada após uma assembléia que reuniu cerca de 1.500 bancários na quadra do sindicato. Reuniões em todo o país também decidiram pela paralisação, disse a assessora.
Também ficou decidido que haverá uma nova assembléia, às 17h de quarta-feira “para avaliar os rumos do movimento”.
“A categoria quer aumento real de 5% –além da inflação de 7,15% –, valorização dos pisos, auxílio-creche de R$ 415, vale-refeição de R$ 17,50 por dia, além de PLR composta de três salários mais valor fixo de R$ 3.500”, informou o sindicato em uma nota.
De acordo com o sindicato, a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) havia proposto em negociações no último dia 29 de setembro um reajuste de 7,5% e uma Participação nos Lucros e Resultados (PLR) menor do que a paga em 2007. Segundo a nota, a proposta dos bancos representaria uma perda de até R$ 1.800 na PLR. A oferta foi rejeitada e não houve diálogo desde então.
“Os bancários vão parar por aumento real de salários, valorização nos pisos e PLR maior e mais justa”, disse Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, no comunicado.
De acordo com o sindicato, o auto-atendimento não será atingido pela greve. “As direções dos bancos decidem se fecham ou mantêm aberta a área dos caixas eletrônicos”, afirmou a nota.
O Brasil conta hoje com 434 mil bancários, dos quais 120 mil estão na base do Sindicato dos Bancários de São Bernardo, Osasco e Região.
u.sEG