Os bancários decidiram que vão manter a greve em todo o país por tempo indeterminado. Eles não receberem nenhuma contraproposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) às suas reivindicações.
De acordo com a assessoria de imprensa da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), dos 400 mil bancários de todo o Brasil, 185 mil paralisaram suas atividades hoje, no terceiro dia útil de greve.
Em São Paulo, 36 mil bancários, de 494 agências e centros administrativos da capital e região, mantiveram a greve hoje, segundo balanço da assessoria do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, que responde por 106 mil bancários.
Neste momento, na capital paulista, representantes da categoria e da direção do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal estão reunidos para debater questões específicas como planos de cargos e salários e participação nos lucros e resultados dos funcionários desses bancos. A reunião, segundo a assessoria do sindicato, não vai tratar sobre o reajuste salarial da categoria, que é discutido com a Fenaban.
Na última rodada de negociação, no dia 3 de outubro, a Fenaban apresentou ao Comando Nacional dos Bancários a proposta de reajuste salarial de 2,85% e participação nos lucros e resultados (PLR) de 80% do salário, mais R$ 823 de parte fixa e um adicional de R$ 750 para os bancários que trabalham em bancos que tiverem crescimento acima de 20% do lucro líquido no período 2005-2006.
Os bancários reivindicam um aumento real de salários de 7,05%, reposição da inflação e participação maior nos lucros e resultados – 5% do lucro líquido e mais um salário bruto acrescido de R$ 1.500.