A Polícia Militar identificou, nesta segunda-feira (17), outros dois casos de vítimas do “Jogo da Baleia Azul” em Mato Grosso. Duas adolescentes, uma de Vila Rica (1.111 km de Cuiabá) e outra de Querência (975 km da Capital), foram impedidas de seguir adiante com o “desafio”, cujo último ato é se matar.
Na semana passada, outra adolescente, de 16 anos, também moradora de Vila Rica, se suicidou em uma lagoa do município, como último desafio do jogo. Ela teria se matado depois de 30 dias de participação em um grupo de Whatsapp.
Conforme o tenente-coronel da PM, Joel Outo, as duas jovens de Vila Rica participavam de um grupo chamado “Alícia Curadora”, com origem no Estado de Minas Gerais.
Ele, que é comante do 10º Como Regional, contou que a mãe da menina, também de 16 anos, identificou a participação da filha depois de uma palestra feita para orientar pais e adolescentes a respeito dos perigos do jogo no município.
“Conforme foi orientada na palestra, a mãe fez uma vistoria no celular da jovem e encontrou conversas dela em um grupo de Whatsapp, que tinha participação de adolescentes de diversos Estados. O primeiro desafio da menina era desenhar uma ‘estrela de David’ na coxa e ela tinha a cicatriz dessa ‘missão’”, afirmou o Outo.
A vítima de Querência teve o suicídio evitado, mas o tenente não forneceu mais detalhes do caso. A suspeita dele é de que já seria a última “missão” proposta no grupo.
Segundo Outo, dois grupos da Baleia Azul já foram identificados em Vila Rica. Além dos desafios, são divulgados vídeos de suicídios reais. Para incitar que os jovens cumpram as missões, os curadores ameaçam denegrir os participantes nas redes sociais.
O policial explicou que são propostos 50 desafios aos participantes. Cada atividade é divulgada as 4h20 pelo curador do desafio e envolve diversas ações, entre elas a mutilação do corpo, ouvir músicas psicodélicas por horas a fio e assistir filmes de terror.
Depois do primeiro suicídio, a polícia tem realizado palestras alerto a população e chamo a atenção dos pais para estarem mais alertas ao comportamento dos filhos. O monitoramento de pontos como represas, lagos e locais onde há histórico de suicídio está redobrado no município.
Com Reopórter-MT