domingo, 22/12/2024
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Avião militar dos EUA sobrevoa estreito de Taiwan e enfurece China: ‘Ameaça à paz e estabilidade’

Norte-americanos afirmaram que vão continuar voando e navegando em qualquer lugar que a lei internacional permita

Um novo desgaste na relação dos Estados Unidos e China surgiu ontem segunda-feira, 27, após um avião militar de reconhecimento P-8A norte-americano sobrevoar o estreito de Taiwan. A ação foi considerada uma “ameaça à paz e a estabilidade” regional. “O EPL rastreou e acompanhou todo o voo. Trata-se de uma ação deliberada por parte dos Estados Unidos para perturbar a situação na região e prejudicar a paz e a estabilidade no estreito de Taiwan. A China se opõe firmemente a isso”, disse o coronel Shi Yi, porta-voz do Comando do Teatro Oriental do Exército Popular de Libertação (EPL). A nota acrescentou que as tropas do Exército chinês “permanecem em alerta para preservar a soberania nacional e a integridade territorial com total determinação”. Á Sétima Frota da Marinha dos EUA confirmou a passagem do P-8A Poseidon – aeronave de patrulha e reconhecimento naval – pelo estreito de Taiwan, em “espaço internacional”. “Os Estados Unidos seguirão voando e navegando em qualquer lugar que a lei internacional permita, inclusive dentro do estreito de Taiwan. Os EUA defendem assim os direitos e liberdades de navegação de todas as nações”, garante a nota oficial. “Este trânsito demonstra o compromisso dos EUA com um Indo-Pacífico libre e aberto”, completa o texto. O Ministério da Defesa de Taiwan também confirmou o sobrevoo do avião americano, embora tenha destacado que “não é nada fora do comum”.

Há anos as aeronaves norte-americanas sobrevoam a ilha, contudo, não é comum que isso seja feito por um avião militar. A última vez que isso aconteceu foi em junho de 2022, um dia depois de a China enviar 29 aviões para a área de Identificação de Defesa Aérea de Taiwan. A ilha é um dos maiores motivos de conflito entre China e EUA, devido, sobretudo, ao governo americano ser o principal fornecedor de armas para Taiwan, e principal aliado em caso de um eventual conflito com Pequim. As tensões aumentaram em agosto do ano passado, com a visita da então presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi à ilha, o que aconteceu mesmo diante dos protestos da China. Taiwan se considera um território soberano com governo e um sistema político próprios, sob o nome de República da China, desde o fim da guerra civil entre nacionalistas e comunistas em 1949. Pequim, por sua vez, sustenta que se trata de uma província rebelde e insiste na retomada do que denomina de pátria comum.

*Com informações da EFE-JovemPan

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Parmenas Alt
Parmenas Alt
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