Reunião entre Instituto Soja Livre e agência japonesa levanta informações para subsidiar projeto de cooperação com Governo Federal |
“O ministro (da Agricultura), Carlos Fávaro, esteve no Japão em julho e falou sobre cooperação para recuperação de pastagens degradadas. Então, nós viemos aqui para escutar quais são as necessidades em Mato Grosso”, explicou Noboyuku Kimura, coordenador sênior de Projetos da JICA.
O projeto, que deve ser uma cooperação técnica e financeira Brasil – Japão, já vislumbra uma recuperação potencial de até 40 milhões de hectares de pastagens degradadas. Por causa da demanda japonesa por soja convencional, que é utilizada para consumo humano naquele país, o Instituto Soja Livre contribui com o fornecimento de dados e informações sobre o cultivo.
“Poderemos contribuir muito com o projeto, não só cumprindo o objetivo de abertura de novos mercados, mas também com a questão da economia circular, adoção de bioinsumos, agricultura regenerativa e serviços ambientais de crédito de carbono que o Instituto tem projetado”, informou Eduardo Vaz, gerente executivo do ISL.
Kimura esclareceu que, no Japão, a soja não-transgênica é utilizada pra consumo humano e a transgênica para fazer ração para animais. “Por isso, também discutimos com o Instituto qual a perspectiva de produção para o próximo ano, quais são os problemas, para verificarmos com as tradings japonesa se mostram interesse na soja brasileira e não ficarem dependentes da soja norte-americana”, disse.
Ainda participaram da reunião Yutaka Hongo, conselheiro em Agricultura da JICA em Tóquio, e Marlene Lima, gerente de Sustentabilidade da Aprosoja.
O Instituto. O Instituto Soja Livre, fundado em 24 de julho de 2017 pela Aprosoja Mato Grosso e Embrapa, tem o objetivo de contribuir para o desenvolvimento do mercado de Soja Convencional (denominado Soja Livre), mantendo viva a liberdade de escolha do produtor rural na escolha da tecnologia, da cultivar e do sistema produtivo que irá trazer maior rentabilidade e segurança na safra. Sua atividade é auxiliar os parceiros envolvidos, pertencentes aos diferentes setores deste nicho de mercado, com repasse de informações atualizadas e importantes para garantir maior competitividade dos negócios envolvendo soja convencional.