quinta-feira, 19/09/2024
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Autoridades discutem desenvolvimento de indústrias

A Assembléia Legislativa promoveu o Seminário “O Etanol e o Meio Ambiente”, que teve como principal objetivo apresentar e discutir a política de produção do etanol no Estado e sua logística.

O evento foi realizado no auditório da Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso (Fiemt) e contou com as participações de políticos, empresários, secretários e do ex-ministro da Agricultura, Antonio Cabrera.

“O seminário é para recebermos propostas e sugestões de pessoas ligadas ao ramo. Nos últimos anos, o álcool tem sido o grande questionamento em Mato Grosso, e a Assembléia Legislativa tem participado constantemente no desenvolvimento do etanol”, destacou o idealizador do evento, deputado Carlos Avalone (PSDB).

Durante o seminário, Avalone lembrou que em Mato Grosso a ocupação da plantação da cana-de-açúcar é de 220 mil hectares, e que um projeto de lei que tramita na Assembléia e delimita a Bacia Pantaneira pode fazer esses números atingirem até um milhão de hectares. “É muito importante para o Estado essas discussões e acredito que, Mato Grosso será um dos principais exportadores de etanol”, prevê o parlamentar.

O vice-governador de Mato Grosso, Silval Barbosa (PMDB) destacou um ponto importante para o avanço da indústria alcooleira no Estado. Ele lembrou que o Governo do Estado vem desempenhando um papel de apoio para o desenvolvimento do etanol. “Precisamos de uma logística maior no Estado, porque o projeto está sendo encaminhado rapidamente”, justificou Silval.

Para o ex-ministro Antonio Cabrera, a articulação entre governo e setor produtivo é de suma importância para o desenvolvimento do etanol. “Entendo que o etanol é oportunidade única no país e, essa discussão é oportuna e pode atender as exigências em termos de combustível”, avaliou Cabrera.

Dados da Secretaria da Indústria, Comércio, Minas e Energia comprovam que hoje Mato Grosso possui 196 mil hectares de terras com plantações de cana madura, sendo que, o Estado tem seis usinas produtoras de álcool, enquanto que, dessas, cinco produzem álcool e açúcar. Para a safra 2007/2008 está prevista a produção de 800 milhões de litros de álcool e a safra brasileira está abordada em 17 bilhões de litros álcool.

Mas nem tudo é maravilha com a indústria do álcool brasileiro. De acordo com o presidente da usina Barralcool (Barra do Bugres), João Nicolau Petroni, a situação futura preocupa a todos. Ele falou que o mercado não se encontra numa boa fase e acredita na elevação dos preços, o que pode fazer muitas usinas fecharem as portas. “Vejo hoje uma situação no vermelho, pois a oferta está além da demanda e isso é ruim para todos nós”, argumenta Petroni, explicando que a Barralcool produziu em 2006, o equivalente a 130 milhões de litros de álcool e que a previsão para este ano está orçada em 178 milhões de litros. Quanto ao etanol, o presidente da Barralcool tem boas expectativas, prevendo uma produção na ordem de 57 milhões de litros para este ano.

Representando o governador de Goiás, Alcides Rodrigues (PP), o secretário executivo do biocombustível daquele Estado, Rui Brasil, disse que se trata de um momento importante no futuro do país e que Mato Grosso deu um passo fundamental no avanço do etanol.

“O etanol está muito aquecido e precisamos ter uma solução rápida quanto ao álcooduto”, ressaltou Brasil. Outro ponto destacado por ele, durante o seminário, é que o país precisa de idéias novas e o etanol pode ser uma das alternativas para esse impasse do combustível. “Temos que mostrar nossa força para os demais países e o etanol é uma das saídas”, disse o secretário.

As potencialidades de Mato Grosso foram lembradas pelo presidente do Sindálcool-MT, Piero Parini, quando na oportunidade destacou a importância do seminário. “Temos alternativas fantásticas para desenvolver o etanol sem desmatar nossas florestas e, isso, Mato Grosso vem fazendo há alguns anos, pois o Estado oferece condições climáticas e também de solos para o plantio da cana”, lembrou Parini.

Transpetro
O presidente da Transpetro, Sérgio Machado, foi o último convidado a chegar para participar do Seminário “Etanol e o Meio Ambiente”, realizado hoje (03) no auditório da Fiemt. Destacando o amplo potencial renovável que a região Centro-Oeste possui, Machado argumentou que o Brasil deu um passo gigantesco para reduzir custos de logística, investindo na infra-estrutura e impulsionando as exportações.

“A logística está sendo discutida através do álcooduto e a produção do etanol em Mato Grosso será muito grande. Estamos em estudo com o poliduto para baratear o custo da gasolina e o diesel, e todos os dutos são possíveis, no entanto, precisamos ter a produção também, com isso Mato Grosso precisará de logística que gerará produtividade”, justificou o presidente da Transpetro.

Também marcaram presenças no seminário o deputado Wagner Ramos (PR) e a senadora Serys Marli (PT).

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Parmenas Alt
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